Nesta quinta-feira (28), por volta das 11h, os brigadistas da Base Socorrista de Junqueirópolis (SP) fizeram a captura de um filhote de cobra da espécie sucuri com aproximadamente um metro de comprimento.
Conforme a corporação, uma equipe foi solicitada para capturar o animal que se encontrava dentro de um carro, na parte interna da frente do veículo, próximo ao motor.
Segundo a Base Socorrista, o dono do carro havia parado em um posto de combustíveis localizado no Centro de Junqueirópolis para abastecer o automóvel e, após a abertura do capô, foi notada a presença do animal.
Ainda conforme a corporação, foram necessárias uma pinça e uma gaiola de contenção para a captura do animal.
De acordo com a Base Socorrista, o filhote de cobra foi levado em uma gaiola de contenção à sede da corporação para posteriormente ser solto em uma área de mata próxima ao Rio do Peixe, em Junqueirópolis.
O dono do carro mora com a família em um sítio no bairro rural Palmeirinhas, em Junqueiropolis, e a suspeita é de que a cobra tenha saído de um açude ou córrego próximo ao imóvel.
A família também deduz que a cobra tenha entrado no veículo um dia antes, sem que fosse percebida a sua presença no local, e que, para se alimentar, estava em busca de pequenos animais, como pintinhos, que vivem na chácara.
Sucuri
Com várias denominações, tais como anaconda, boiuçu, boiúna, sucurijuba, sucuriú, sucuriúba, sucuriju, sucuruju e sucurujuba, a sucuri (Eunectes murinus) é uma das maiores cobras do mundo. Tem hábito semi-aquático: aquática (ativa na água) e terrícola (ativa sobre o solo).
A cor é verde-escura, com manchas ovais negras e amarelo-ocre. A cabeça é grande e revestida de numerosas escamas pequenas. Pode chegar até nove metros de comprimento, mas geralmente são encontrados indivíduos entre quatro e seis metros, com peso entre 30 e 90 quilos.
Seus olhos e narinas são fixados no topo de sua cabeça, que permite ver e respirar enquanto o corpo está submerso.
Devido ao seu grande tamanho, pode parecer lenta quando em terra, mas na água é capaz de velocidades surpreendentes. Após a detecção da presa, se aproxima e submerge o corpo e a cabeça completamente.
Após o bote (com uma mordida), puxa a presa para dentro da água, matando-a por constrição e afogamento. Na sequência, a serpente procura a cabeça da presa para iniciar a sua ingestão. Como a digestão é muito lenta, a sucuri passa muito tempo ao sol depois de uma refeição.
Lagos, rios, cavernas e florestas perto das margens dos corpos d’água são os ambientes onde esta cobra costuma circular. Suas presas incluem peixes, sapos, lagartos, cobras, jacarés, aves e mamíferos.
O período de acasalamento é normalmente a partir de abril-maio. Vivípara (dá à luz filhotes), nascendo entre 20 e 40 crias, com tamanho que varia de 70 a 80 centímetros de comprimento.