Ficou definido para esta quinta-feira (22) o prazo para a Prefeitura de Adamantina e a gestão da UniFAI (Centro Universitário de Adamantina) apresentar as propostas para o internato hospitalar dos alunos do curso de medicina.
O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (20), no auditório do campus 2 da UniFAI, um dia após as manifestações dos estudantes, que foram às ruas ontem (19) em protesto contra a decisão que suspendeu a proposta de realização do internato da primeira turma do curso (reveja).
Até semana passada os estudantes tinham informações da coordenação do curso de que o internato seria realizado em Araçatuba, em razão da limitação da estrutura hospitalar atual, da Santa Casa de Adamantina. O internato para a primeira turma do curso ocorre a partir do início do segundo semestre letivo do ano que vem.
Considerando até então esse cenário, os estudantes foram surpreendidos com a ideia defendida pelo prefeito de Adamantina de realizar o internado na Santa Casa local, e parte na rede de hospitais administrada pelos freis da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus.
O uso dessa rede, na visão do prefeito, dispensaria o internato em Araçatuba. As unidades hospitalares administradas pelos religiosos mais próximas de Adamantina estão em Presidente Prudente, Lins e Ilha Solteira, além de outras diversas unidades pelo país, que poderiam receber os estudantes.
Porém, a definição mais detalhada será conhecida na tarde de quinta-feira. Antes, porém, no período da manhã, está prevista uma reunião com a participação ainda dos representantes da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, Ministério Público e Poder Judiciário local, conforme anunciado nesta terça-feira.
A reunião no auditório do campus 2 contou com a presença do prefeito Márcio Cardim, reitor da UniFAI Porf. Dr. Paulo Sérgio da Silva, professores, pais de alunos e representantes do Centro Acadêmico Doutor César Marinho, formado pelos estudantes de medicina.
Segundo o site Impacto Notícia, o coordenador do curso, Miguel Ângelo De Marchi, reafirmou que a decisão será tomada apenas daqui dois dias. "A proposta inicial era começar o internato em um hospital de ponta, em outra cidade, e voltaria os últimos seis meses para Adamantina. Iremos inverter isso: ficam seis meses aqui e depois vocês [alunos] vão para este hospital de ponta. Este hospital de ponta iremos definir na quinta-feira. E o que é hospital de ponta? É que tenha média e alta complexidade, todas as clínicas, as UTIs [Unidade de Terapia Intensiva] necessárias, pronto-socorro, pronto-atendimento, ambulatório, e este hospital de ponta tem que estar sob o crivo daqueles que são técnicos da área da saúde, da área da Medicina. Se formos neste local e não observarmos todos os itens necessários, este hospital não será aprovado, não será colocado para vocês. Uma coisa está certa, que os seis primeiros meses do internato serão em Adamantina e, o restante, vamos conversar na quinta-feira", explicou.
Em sua fanpage, o prefeito Márcio Cardim publicou um vídeo onde fala sobre os mais recentes desdobramentos sobre o internato.