As faturas referentes ao consumo de energia elétrica, recebidas neste mês de janeiro, tem causado reações e reclamações dos consumidores, diante de valores que consideram elevados e fora dos padrões de consumo dos meses anteriores.
Muitas queixas estão publicadas nas redes sociais, onde consumidores questionam os valores das faturas e cobram explicações da Energisa. As colocações de clientes são de inconformismo e questionamentos.
O tema foi um dos destaques da edição desta segunda-feira (21) do Fronteira Notícias, ao médio dia, quando um representante da Energisa foi entrevistado ao vivo, sobre essas reclamações. Antes, a emissora exibiu uma reportagem com as reclamações de consumidores.
O representante da empresa ouvido pelo Fronteira Notícias, Carlos Eduardo Mariano, destacou que não houve aumento no valor das tarifas da energia elétrica, nos últimos meses. Ele explicou que, para os 24 municípios da região de Presidente Prudente, atendidos pela Energisa, o último reajuste está vigente desde 12 de julho do ano passado, em 15,55%. Esse percentual foi definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Depois disso, não houve reajuste na tarifa, para clientes da empresa.
Aumento no consumo é típico nesta época do ano, diz Energisa
Segundo Carlos Mariano, nesse período, normalmente, ocorre aumento de consumo, sobretudo em residências, decorrente do período de fim de ano e férias escolares. Ele exemplificou que as crianças ficam mais em casa, e se utilizam da televisão, ventiladores, ar condicionado e mais banhos. Além desse fator, as festas de fim de ano, com o recebimento de visitas, e mais pessoas nas casas, também impacta em maior consumo. "Historicamente, há um aumento de consumo nesta época do ano", reiterou.
Ainda segundo o representante da Energisa, o valor final da conta pode variar, também, de acordo com o período aferido, entre a leitura anterior e a nova leitura. Esse intervalo vai definir a quantidade de dias de consumo.
Outro fator que pode implicar no valor final da conta, segundo Carlos Mariano, é a tributação, que varia de acordo com a faixa de consumo de cada cliente. A alíquota do ICMS, fixada pelos órgãos governamentais, é maior para quem consome mais. Ele citou que para um cliente residencial que consome até 200 kw/h, a alíquota do ICMS é de 12%. Acima disso, a alíquota passa a ser de 25%, calculada sobre o consumo. "Isso pode influenciar o valor final da conta", explica.
O representante da Energisa destacou ainda que o valor cobrado pela energia elétrica é medido a partir do consumo dos equipamentos elétricos, a potência desses equipamentos e o tempo de utilização.
Ao final da entrevista ao Fronteira Notícias, Carlos Mariano destacou que os canais de atendimento da Energisa estão à disposição, para esclarecer dúvidas.