Leishmaniose é confirmada como causa da morte de idoso; Departamento de Vetores reforça ações

14/08/2018 05h56 Região onde ocorreu novo caso é considerada área de risco de transmissão.
Redação - Kako de Oliveira - Informações na Íntegra: Siga Mais, Adamantina - SP
Leishmaniose é confirmada como causa da morte de idoso; Departamento de Vetores reforça ações .

A causa oficial da morte de um idoso de 63 anos, ocorrida na última sexta-feira (9), sob suspeita de leishmaniose visceral (reveja), foi confirmada nesta segunda-feira (13) e consta no atestado de óbito da vítima, conforme divulgado pela sua família ao G1.

Segundo o atestado, as causas da morte do idoso foram falência de múltiplos órgãos, leuctrome hepato renal, leishmaniose visceral e hepatopatia crônica.

A vítima residia no Jardim das Acácias, considerada uma região crítica, para esses casos. Segundo o Departamento de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde de Adamantina, o bairro possui histórico de casos da doença em humanos desde 2004, quando foi diagnosticado o primeiro caso de Leishmaniose Humana em Adamantina. A partir de então foram contabilizados quatro casos da doença em humanos no bairro, assim como o bairro vizinho, Conjunto Habitacional Mário Covas, área próxima ao caso, que também contabilizou outros quatro casos da doença em humanos neste mesmo período.

Com esses números, o Departamento de Controle de Vetores tem essa região como área de risco de transmissão intensa, de casos de leishmaniose humana e canina.

 

Transmissão e ações preventivas

Segundo o Departamento de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde, a transmissão da doença ocorre através da picada do mosquito palha infectado pelo protozoário, após ter picado um cão portador da leishmaniose. Assim sendo, o contágio se dá apenas após a picada da fêmea do flebotomíneo.

Nos humanos, os sintomas da doença são febre constante, anemia, fraqueza, emagrecimento, aumento do baço, além de outras manifestações clínicas que podem manifestar-se no período de até dois anos após a contaminação pelo mosquito transmissor. Nos animais, os principais sintomas são apatia, emagrecimento, queda de pelos, feridas nas pontas das orelhas e pelo corpo, que demoram a cicatrizar, descamação e crescimento exagerado das unhas.

O cão infectado pode manifestar os sintomas como demorar meses ou até anos para adoecer e permanecendo como fonte de infecção para o inseto transmissor, dessa maneira orienta-se a que os proprietários de cães realizem anualmente exames para o diagnóstico da doença.

Para a diminuição dos casos de leishmaniose tanto em humanos quanto em animais, o Departamento de Controle de Vetores coloca como essencial o apoio da população na eliminação dos criadouros, que podem ser restos de comidas, frutas, folhas e fezes de animais, além da limpeza dos abrigos e a higienização dos animais.

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