Dois funcionários da prefeitura confidenciaram que estão encontrando, constantemente, livros deixados de propósitos, em bancos públicos de Lucélia. Desde junho, exemplares foram encontrados em bancos da Praça José Firpo, Praça Pe. Francisco Mahr, Praça Luiz Ferraz de Mesquita e até mesmo na rodoviária. São livros de literatura nacional e de poetas consagrados, como VinÃcius de Morais, Castro Alves, Olavo Bilac e Carlos Drummond de Andrade. Livros de grandes escritores como Paulo Coelho, Érico VerÃssimo e Jorge Amado já foram localizados.
Na contracapa de cada livro os anônimos deixam bilhete para quem achar o livro, levar o mesmo para sua casa, ler e depois não guardar para si.
Depois de ler, o mesmo deve ser devolvido, ou recolocado em um banco público para que outras pessoas leiam, criando uma corrente literária. Não sabemos identificar o grupo de pessoas que estão fazendo tal serviço benéfico à cultura da cidade, mas, pelas iniciativas deve ser um grupo bem organizado, pois os livros estão sendo encontrados em pontos diversos da cidade de Lucélia. Segundo pesquisas, tal ideia surgiu na cidade de Medellin, na Colômbia, onde por iniciativa da prefeitura da cidade colombiana, livros eram deixados nos bancos de ônibus, dentro de igrejas e em praças públicas. O objetivo era estimular a leitura de uma maneira inusitada. O resultado foi surpreendente. Com o passar do tempo, as bibliotecas e cafés da cidade começaram a ficar lotados de leitores. A cidade romena de Cluj-Napoca, na parte da Transilvânia na Romênia, resolveu inovar na pasta da cultura. Desenvolveu um projeto de quem estiver lendo um livro dentro de um ônibus que faz a rota municipal, paga meia passagem. O resultado foi imediato e bem aceito pela população da cidade, do paÃs que já deu ao mundo alguns dos grandes romancistas no último século.
Fonte: Jornaliesta Marcos Vazniac