A cidade de Lucélia completou neste domingo (24), mais um ano de vida. São exatamente 74 anos de emancipação polÃtico-administrativa, ocorrida no ano de 1944.
Fundada pelo engenheiro Luiz Ferraz de Mesquita, em pleno sertão da zona da mata, a cidade teve antes, presença de colonizadores eslavos, oriundos da antiga Bessarábia. Possuidores de passaporte romeno imigraram para o Brasil, e atraÃdos pela terra fértil da região, toparam o desafio de desbravar o sertão, derrubando matas, abrindo clareiras no facão, enfrentando doenças tropicais como a malária, a leishmaniose, chamada na época de "ferida brava", e animais selvagens como a onça pintada.
Do outro lado do espigão vieram imigrantes "teutos-germânicos". Somados aos imigrantes japoneses, portugueses, espanhóis, italianos e migrantes nordestinos, formaram o mosaico etnocultural que é a cidade de Lucélia.
A cidade nasceu nas proximidades do espigão central, divisor dos dois principais rios da região, o Peixe e o AguapeÃ. Curiosamente, a atual Avenida Internacional é marco divisor do espigão. A água da chuva que cai sobre a avenida, acaba por desaguar nos dois rios. A magnifica cachoeira do Salto Botelho é o seu ponto turÃstico mais importante.
Lucélia já foi a segunda maior comarca do Estado. Aos poucos novos municÃpios foram sendo desmembrados e novas comarcas surgiram. A cidade se orgulha em ter um rico passado, cujos fósseis de animais pré-históricos e tribos indÃgenas reforçam a tese de que a cidade, necessita preservar o seu passado.
Lucélia foi cantada em verso e prosa, por aqui passaram poetas, seresteiros da madrugada e carnavalescos, que de uma forma ou de outra contribuÃram pelo bem da cidade.