Uma moradora de Cajuru (SP) acusa uma creche municipal de negligência por deixar o filho de 2 anos ir sozinho para casa nesta terça-feira (2).
Segundo a mulher, que prefere não ser identificada, a criança andou por quase um quilômetro do centro educacional no bairro Dom Bosco até a residência, sem que a saída fosse notada ou comunicada pelos responsáveis da escola.
"Fiquei com muita raiva pela falta de respeito porque elas sequer me ligaram para falar que meu filho tinha sumido da creche", conta.
A Prefeitura de Cajuru informou que vai instaurar um processo administrativo sobre o caso.
A reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, procurou a creche, mas não obteve retorno de nenhum representante.
A moradora conta que estava lavando roupas em casa quando foi surpreendida pela chegada do filho de 2 anos. Ela conta que iria buscar a criança por volta das 11h.
"Achei que fosse meu marido chegando, aí quando eu vi meu filho veio correndo. Falando 'mamãe, mamãe'. Eu falei 'filho, com quem você veio? Ele falou assim: eu vim. Saí aqui fora, não tinha ninguém", relata.
Inconformada com o que tinha acontecido, ela decidiu ir à creche verificar o que aconteceu. Foi onde ela descobriu que o menino deixou o local pelo portão sem que fosse notado pelos funcionários. Segundo ela, ninguém a avisou sobre o que havia ocorrido.
"Elas simplesmente entraram, viraram as costas, depois veio outra moça e disse que meu filho tentou abrir o portão três vezes e que ele abriu o portão e saiu", afirma.
O pedreiro Diego André conta ter estranhado quando viu o menino andando sozinho. Apesar da distância relativamente curta para um adulto, ele considera que o percurso, com ruas e avenida para atravessar, oferecia riscos ao pequeno.
"Era umas dez [horas], eu estava trabalhando, aí eu vi ele descendo a rua, saí pra ver, perguntei pra ele onde que ele estava. Ele falou que estava na escolinha e estava indo embora", diz.
Depois do susto, a mãe afirma que vai procurar a Polícia Civil para que o caso seja investigado. O desfecho, segundo ela, poderia ter sido diferente.
"Eu falo que foi Deus que o pegou no colo e o trouxe embora, porque é uma distância um pouco longa para uma criança de 2 anos", afirma.