A movimentação no Aeroporto Estadual de Presidente Prudente, no período que vai de janeiro a outubro deste ano, se comparado com o mesmo período do ano de 2017, teve um aumento de 8,5%, conforme informações do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). O dado se refere aos números de embarques, desembarques e voos regulares ou não, quando o total da movimentação passou de 213.373 registros para 231.581. Os voos regulares, que são os que levam e trazem passageiros da região oeste do Estado também apresentou uma variação positiva, mas, neste caso, se analisados os meses de outubro, dados mais recentes, com aumento de 3,5%. “Os números em ascensão devem ser vistos com otimismo, já que são robustos quando falamos em aviação hoje em dia. Além de mostrar uma retomada da economia, revelam a capacidade do aeroporto local em crescer, por sua movimentação contínua”, informa o diretor regional da Aviesp (Associação das Agências de Viagens do Interior de São Paulo), Marcos Antônio Carvalho Lucas.
Segundo o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, a movimentação do aeroporto que abastece a região do oeste paulista pode ser dividida entre os voos regulares, que são aqueles considerados comerciais e os que não são regulares, conhecidos como voos particulares. Respectivamente, no ano de 2017, os números de voos foram 22.350 e 455, que passaram em 2018 para 23.141 voos regulares em outubro (+3,5%) e 420 não regulares (-7,6%). Mesmo com a variação negativa, o total do mês de outubro, com a somatória das duas categorias, apresentou um aumento de 3,3%, já que foram 23.561 voos neste ano, contra 22.805 no mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, somando embarques, desembarques e voos, a movimentação apresentou aumento de 8,5%.
O diretor regional da Associação das Agências de Viagens do Interior de São Paulo afirma que o dado que mais chama a atenção em primeiro momento é o do acumulado do ano, visto que o setor registrou, desde o ano passado, alguns dados negativos e baixas, o que faz acreditar agora que a movimentação tenha se recuperado junto com a economia e o aquecimento do setor aéreo. "Além disso, destaco que o nosso aeroporto tem uma estabilidade grande, o que poderia encorajar outras companhias a virem para a região ou até mesmo para que as presentes aumentem a sua demanda, inclusive para demais destinos que não São Paulo e Campinas", informa.
Com isso, Marcos ressalta ser importante uma reforma no local, que inclusive já foi sinalizada por parte da Prefeitura e que conta com um projeto de revitalização, mas que ainda não foi iniciado. "De forma urgente, as obras deveriam priorizar a ampliação do saguão, para trazer mais conforto aos passageiros e mudar a parte estrutural dos embarques e desembarques, para dar, inclusive, oportunidade para que demais companhias venham para a região". Ele lembra, no entanto, que essa vinda de outras empresas é dificultada, por exemplo, pela falta de incentivo, já que as companhias não chegam a um novo local "a troco de nada", sendo que o maior incentivo, neste caso, seria o do querosene.
"Temos demanda aqui, isso é fato. Novas rotas poderiam ser acrescentadas, como os mais procurados pela região. São eles: Cuiabá [MT], Brasília [DF] e alguns destinos do sul, como Porto Alegre [RS]".