Mulher de 37 anos morre vítima de dengue hemorrágica em Presidente Prudente, aponta Certidão de Óbito

21/05/2019 05h25 Hellen Paula de Souza Estácio Malaquias, moradora do Residencial Itapuã, na zona leste da cidade, estava no oitavo mês de gestação, quando foi hospitalizada. Bebê sobreviveu.
Por G1 , Presidente Prudente - SP
Mulher de 37 anos morre vítima de dengue hemorrágica em Presidente Prudente, aponta Certidão de Óbito Paciente morreu no Hospital Regional, em Presidente Prudente. (Foto: Wellington Roberto/G1)

A dengue hemorrágica foi apontada como uma das causas da morte de uma mulher, de 37 anos, que faleceu na noite desta sexta-feira (17), em Presidente Prudente.

Ela era moradora do Residencial Itapuã, na zona leste da cidade, e, quando foi hospitalizada, estava grávida, no oitavo mês de gestação. O bebê sobreviveu.

De acordo com a Certidão de Óbito atestada pelo médico Marcelo Guimarães Tiezzi, a morte de Hellen Paula de Souza Estácio Malaquias foi causada por edema agudo de pulmão, insuficiência renal aguda pré-renal, diátese hemorrágica, dengue hemorrágica e anemia aguda.

Em nota, o Hospital Regional (HR) informou que a paciente em questão deu entrada na unidade de saúde na tarde da última quarta-feira (15) e foi prontamente atendida pela equipe médica e multiprofissional.

A morte, segundo o HR, ocorreu às 19h30 da sexta-feira (17).

Ainda de acordo com o HR, a causa da morte está sob investigação laboratorial e a confirmação ou o descarte da suspeita de dengue será dada pela Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM).

O HR também informou que o bebê, do sexo masculino, nasceu na quarta-feira (15) e recebeu alta na sexta-feira (17).

A supervisora da VEM, Elaine Bertacco, afirmou neste sábado (18) que as amostras de sangue da paciente já foram colhidas e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz para a análise que irá confirmar ou não a dengue como causa da morte.

Embora a Certidão de Óbito já indique a doença como uma das causas da morte, o órgão municipal, segundo Elaine, só pode fazer a confirmação da dengue, ou não, com o resultado do laudo em mãos.

"Nós ainda aguardamos o resultado", disse a supervisora.

No entanto, Elaine explicou que a Vigilância Epidemiológica Municipal já vinha acompanhando a situação da paciente desde quando ela estava hospitalizada, em razão da suspeita da dengue.

Antes de ir para o HR, a gestante ainda havia passado por atendimento médico no Hospital Estadual (HE), também em Presidente Prudente, segundo Elaine.

Elaine ainda salientou que a mulher já tinha contraído dengue, anteriormente, em 2016.

Focos do Aedes aegypti

A supervisora da VEM chamou a atenção para o fato de a mulher morta nesta sexta-feira (17) ser moradora de um bairro que fica na área 4 da cidade, mesma região do Parque Alvorada, onde residia uma outra paciente, de 49 anos, que já teve na semana passada a morte confirmada por dengue, o primeiro óbito motivado pela doença registrado oficialmente neste ano em Presidente Prudente.

Neste sábado (18), agentes da VEM percorreram o Residencial Itapuã para averiguar a situação do bairro e constataram uma quantidade "assustadora" de lixo espalhada pelo local, segundo Elaine, o que agrava a proliferação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

A partir da segunda-feira (20), agentes da VEM e da Estratégia de Saúde da Família (ESF) farão um bloqueio no Residencial Itapuã, seguido de nebulização costal nos imóveis, com o objetivo de eliminar criadouros do inseto.

"Atualmente existem dois tipos de dengue em circulação em Presidente Prudente, o 1 e o 2. É assustador, é preocupante. O que mais precisa acontecer para a conscientização da população?", questionou Elaine.

"Todos nós temos culpa por cada caso. Alguém deixou o mosquito nascer. A solução é não deixar o mosquito nascer. Cada um é responsável pelo seu espaço. A dengue evolui muito rapidamente. As pessoas precisam tratar o assunto com mais seriedade, não é banal", desabafou a supervisora da VEM.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Presidente Prudente já contabiliza neste ano 858 casos positivos de dengue. Do total, 16 são importados, ou seja, vindos de outros municípios, enquanto que os demais são autóctones, contraídos na própria cidade. Além disso, ainda há 3.419 notificações.

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