A obra de construção do prédio do Sest/Senat em Osvaldo Cruz foi paralisada nesta quinta-feira (07). Segundo informação dos trabalhadores, a empresa Akon Engenharia teria rescindido o contrato de trabalho nesta sexta-feira (08) e ainda não teria cumprido o que prometeu aos colaboradores. Os trabalhadores da obra seriam terceirizados.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias foi até o local da obra e conversou com alguns trabalhadores que demonstraram sua insatisfação com a construtora responsável. Edwilson dos Santos, falou com a reportagem sobre o assunto. "Muitas pessoas estão com falta de folga de campo, salário atrasados, as propostas que o dono da empresa fez, não cumpriu. Não assinaram carteira e nem contrato de trabalho. Na república que estamos dormindo, ficamos no chão, sem travesseiro e lençol, comida chega atrasada, não temos café da manhã, o almoço chega 14h, a janta 21h. No canteiro de obras temos várias irregularidades, o engenheiro pressiona porque quer que a obra saia e estamos jogados. O dono da empresa nunca mais deu as caras, estamos procurando nossos direitos e por isso resolvemos parar a obra.
Nós paramos ontem e hoje o engenheiro da obra rescindiu o contrato da empresa e com isso estamos todos demitidos.".
Antônio Ferreira da Silva, um dos trabalhadores, morador de São Luis no Maranhão, também falou com a nossa reportagem. "Não sabemos o que vamos fazer. Eles não pagaram o dinheiro da passagem, assinaram a carteira com valor menor do que haviam prometido e disseram que pagariam por fora o restante e nunca entrou nada do que eles prometeram pagar por fora. Quero receber o que é meu por direito pra poder ir embora. Me deram aviso para cumprir e já fiquei dias sem comer, sem café da manhã, parece também que o alojamento já venceu e a qualquer momento podem despejar os trabalhadores da casa. Nós só queremos receber para que a gente possa voltar pra casa.", finalizou.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias conversou com o Secretário de Indústria e Comercio de Osvaldo Cruz, Ed Luis Jundi, que disse que provavelmente o problema se deu por conta da empresa que ganhou a licitação ter terceirizado o trabalho, ela pode não estar conseguindo honrar com o combinado com os funcionários. Segundo ele, a prefeitura e a secretaria se solidarizam com a situação dos trabalhadores, porém, não cabe a eles tentar resolver essa situação.
Sobre o Sest/Senat
O Serviço Social do Transporte (SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) são entidades civis, sem fins lucrativos. Elas foram criadas em 14 de setembro de 1993, pela Lei 8.706, a partir de um processo de conscientização do setor e de entidades sindicais.
As entidades têm se firmado como substanciais colaboradoras para o desenvolvimento do setor de transporte do país, atuando na formação e na qualificação de profissionais para o mercado, aptos às novas tecnologias e às complexas formas de trabalho. Para a preparação, a promoção do emprego e renda e, acima de tudo, o sucesso profissional dos trabalhadores, as entidades oferecem cursos e serviços especializados, garantindo maior capacitação e acesso ao mercado de trabalho.
A assistência ao trabalhador prioriza, ainda, na área de saúde, esporte, lazer e cultura, a prevenção de doenças, a promoção e a preservação das condições saudáveis dos indivíduos, o bem estar físico e mental e a inclusão e integração do indivíduo na sociedade.
Com Unidades Operacionais localizadas nos grandes centros urbanos e em postos de abastecimento das principais rodovias do país, o SEST SENAT está presente em todos os estados brasileiros.
O objetivo é articular as ações de desenvolvimento profissional e promoção social em um ambiente favorável às práticas educativas e com espaços, ferramentas e tecnologias dedicados ao conhecimento e à qualificação, contribuindo para o aumento da produtividade, da competitividade e do fortalecimento do setor de transporte brasileiro.
O investimento previsto para a construção da obra de Osvaldo Cruz gira em torno dos R$ 10 milhões.