Prefeito Mazucato afirma ainda estar decidindo sobre sansão ou veto ao projeto de mudança na Área Azul de Osvaldo Cruz

19/12/2017 08h56 Projeto de Lei complementar sobre a Área Azul foi aprovado em sessão extraordinária nesta segunda-feira.
Redação - Kako de Oliveira - Informações complementares: Ocnet / Blog do Giu, Osvaldo Cruz - SP
Prefeito Mazucato afirma ainda estar decidindo sobre sansão ou veto ao projeto de mudança na Área Azul de Osvaldo Cruz Prefeito Mazucato ainda estuda sansão ou veto às mudanças previstas no projeto aprovado pela Câmara. (Foto: Alessandro Panvéchio / Garp Comunicação Integrada)

Nesta segunda-feira, durante inauguração da reforma de um posto de saúde, no bairro Ãlvaro Campoy, o prefeito de Osvaldo Cruz, Edmar Mazucato, disse que pretende estudar a reforma da lei da Ãrea Azul, para depois tomar a decisão de vetar ou sancionar a lei aprovada pelos vereadores.

Aliás, a aprovação das mudanças tem gerado muitas discussões e questionamentos, especialmente nas redes sociais, onde muita gente entende que as mudanças, se forem implementadas, vão acabar com o estacionamento rotativo em Osvaldo Cruz e que, dessa forma, ninguém mais vai pagar a taxa.

O vereador Homero Morales Massarente insiste na tecla do aumento na arrecadação da AJA, por acreditar que haverá mais pagamentos relacionados às advertências estabelecidas pelo amarelinho e que agora o motorista flagrado com a advertência terá 48 horas para efetuar o pagamento.

Essa mudança, segundo o vereador, fará aumentar a arrecadação e muita gente entende o contrário, uma vez que, segundo um levantamento feito na cidade, aponta que alguns veículos de pessoas que fizeram parte do grupo que exigiu a mudança no tempo de tolerância da Zona Azul, tem carro com mais de 400 advertências que não foram recolhidas.

O assunto ainda vai render, sem contar que a AJA poderá ainda, diante dessas mudanças, acabar devolvendo a gestão da Ãrea Azul para a prefeitura, pela inviabilidade da gestão.

Uma cidade que implanta uma área de estacionamento controlado, chamado de Ãrea Azul ou Zona Azul, o faz para que haja rotatividade de vagas em locais onde há mais veículos do que vagas.

Em qualquer lugar que se vá, não há tolerância alguma se o motorista quer parar na área azul. Aqui em Osvaldo Cruz, pelo costume, tanto a Associação do Jovem Aprendiz (AJA), quanto o município, convencionaram dar uma tolerância de 5 minutos para quem parasse na zona azul para alguma compra ou serviço rápido. 

Com a alteração promovida pela Câmara, ficou bom para o consumidor, mas, desvirtua o sentido da rotatividade de estacionamento e tira da entidade concessionária uma fonte de renda.

O mesmo pode-se dizer quanto ao horário de funcionamento da Ãrea Azul, que foi diminuído em uma hora (até 16 horas) e ainda o prazo de até dois dias para quitar os avisos de irregularidades, favorecendo os infratores ou aqueles motoristas que sempre abusam do prazo de tolerância.

Há que se ponderar que as alterações promovidas pelos vereadores favorecem os usuários, mas podem tornar o serviço inviável sob o ponto de vista da Aja, que gera empregos às famílias que tem pessoas prestadoras de serviços na área azul e tira uma fonte de receita importante de uma entidade assistencial do município.

Também há que se ponderar o fato de que as mudanças favorecem os motoristas que estacionam na área controlada e dão de ombros para o fato de lá ser um local de rotatividade de vagas e recebem os avisos de irregularidades justamente porque vão além do tempo de tolerância, hoje de 5 minutos.

E para o comércio? Será bom porque trará de volta os clientes ou vai novamente oferecer vagas para os próprios comerciantes estacionarem defronte aos estabelecimentos de outros comerciantes? O tempo dirá, caso a lei seja sancionada.

Por hora o que dá para perceber é que os vereadores estão mais preocupados com seus eleitores e menos preocupados com o sentido da lei da área de estacionamento controlado e os empregos gerados a partir da Ãrea Azul e ainda com a AJA, que é a entidade concessionária dos serviços.

Repercussão

Já há rumores de que a diretoria da Aja deverá entregar os serviços de volta à Prefeitura, por que da forma como a lei foi aprovada, tornou-se inviável para a entidade manter a relação com o município.

Cabe agora ao prefeito Edmar Mazucato vetar a lei como está ou sancioná-la.

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