A notÃcia de o prefeito de Adamantina, Marcio Cardin (DEM), teria anunciado a devolução de quase R$ 2 milhões para o Governo Federal, referentes à construção do prédio de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) – LEIA AQUI, só aumentou a indefinição do que será feito com o prédio construÃdo, mas já deteriorado, em Osvaldo Cruz.
No entanto, o caminho tomado por Adamantina, que após a devolução do dinheiro ficará com o prédio, não será o mesmo a ser tomado por Osvaldo Cruz.
Segundo o prefeito Edmar Mazucato, toda decisão vai passar por um posicionamento por parte do Ministério da Saúde.
"Já temos uma sinalização, por parte do Ministério da Saúde em BrasÃlia, de uma reavaliação quanto à s UPAs que estão paradas, ou com obras concluÃdas e não estão em funcionamento. Por isso, vamos aguardar o posicionamento do Ministério da Saúde.", garantiu Mazucato.
Para o prefeito de Osvaldo Cruz, a liberação de uma UPA para a cidade, anunciada em 2010, pelo então prefeito Valter Luiz Martins (PSDB), foi uma irresponsabilidade do Governo Federal.
"A relação Prefeitura/UPA, vamos continuar a bater na mesma tecla: foi uma irresponsabilidade do Governo PT, da época, de ter liberado para Osvaldo Cruz uma UPA, de Porte 1, que nós sabemos que é para cidades com mais de 50 mil habitantes e Osvaldo Cruz tem 33 mil. Por isso, jamais poderia estar recebendo um prédio deste tamanho. Não pela construção, pois o Governo libera o dinheiro. O problema é manter essa UPA em funcionamento.", lembrou o prefeito.
Ainda no caso de Osvaldo Cruz, Mazucato lembrou que a Prefeitura já faz a gestão da Santa Casa.
"A Prefeitura investe cerca de R$ 350 mil todos os meses, para fazer todo o atendimento de pronto-socorro, internação, cirurgia, UTI. Uma UPA nada mais é do que um pronto-socorro melhorado, onde a pessoa dá entrada e, depois, precisa ser transferida para a Santa Casa", disse Mazucato.
Elefante branco
Diante do impasse, Mazucato classificou o prédio da UPA como um "elefante branco" e, ainda, confirmou que quer mudar o objeto de destinação do local.
"Vamos direcionar esse prédio para uma Unidade de Atendimento à Saúde e agregar os atendimentos naquele local. Terminamos a obra com recurso federal e não vamos ter um custo operacional maior.", explicou Mazucato.
Devolução de dinheiro só em último caso
Seguir o caminho de Adamantina, e devolver quase R$ 2 milhões à União, só será feito em último caso.
A ideia do prefeito Edmar Mazucato é brigar, até a última instância para resolver a situação.
"Devolver o dinheiro, só em última instância. Osvaldo Cruz não tem R$ 2 milhões para devolver ao Governo e ficar com o prédio daquele parado. Então, se eu for obrigado, se a justiça vir, se tiver um processo, nós vamos devolver. Caso contrário, vamos brigar até o último instante para que se mude o objeto daquele prédio para aquilo que o municÃpio necessita.", finalizou Mazucato.