A Associação Jovem Aprendiz (AJA), responsável pela comercialização dos bilhetes de Ãrea Azul, já definiu: se as mudanças aprovadas pela Câmara de Osvaldo Cruz, forem sancionadas pelo prefeito Edmar Mazucato (PSDB), irá deixar de prestar os serviços.
A decisão, segundo o presidente da AJA, Amin Tadeu Jundi, já consta em ata.
De acordo com Jundi, a "legalização" da tolerância torna inviável o funcionamento do estacionamento rotativo. Dessa forma, cerca de 20 pessoas perderiam seus empregos.
"É inviável a aplicação deste projeto como ele está.", resumiu Jundi.
Além disso, o presidente da AJA confirmou que foi consultar o Ministério Público que garantiu que, caso a lei seja sancionada, entra na jogada.
"Eles [promotores] me disseram. Se for sancionada, a briga é delas. Ou contra o prefeito, ou contra os vereadores. Se sancionar, o Ministério Público vai entrar com recurso com relação às indenizações que vão ocorrer, dos 20 funcionários, que devem girar na casa de R$ 100 mil, R$ 200 mil, R$ 300 mil.", garantiu o presidente da AJA.
Querem regularizar o irregular
A regulamentação da tolerância, votada e aprovada pela Câmara, nada mais é do que a legalização do amarelinho – que na prática é um aviso de irregularidade ao proprietário do veÃculo que estaciona em Ãrea Azul sem comprar o cartão.
"É inaplicável esse projeto. Duvido que alguém consiga tocar [a Ãrea Azul] desta forma. O problema não são os dez minutos mais, cinco minutos a menos, mas o sistema, a forma de controle, querendo legalizar o amarelinho que é uma irregularidade. Como se quer regularizar uma coisa que é irregular? Não sou eu quem diz [que é irregular], mas o Ministério Público.", explicou Jundi.
Decisão pode afetar 20 funcionários
Caso a AJA deixe de prestar os serviços, cerca de 20 funcionários deverão ser prejudicados com os empregos.
"Nós já fizemos algumas mudanças para viabilizar [os empregos], porque já estava inviável. Agora, com essa proposta, tornou-se mais inviável ainda. Não tem outra solução.", disse o presidente da AJA.