Na última segunda-feira (21) uma reunião entre o Conselho de Meio Ambiente de Osvaldo Cruz e a equipe técnica da Energisa foi realizada para que a empresa explicasse melhor sobre a supressão das árvores do canteiro central existente no Jardim Paraíso.
Uma nota emitida na semana passada pela Energisa, juntamente com a Prefeitura de Osvaldo Cruz, diz que a supressão das árvores é necessária porque foram plantadas debaixo da uma linha de alta tensão da Energisa (69 mil volts) e por lei não pode haver vegetação ou qualquer outro obstáculo ou construção que seja numa área de segurança de 30 metros de largura abaixo da rede.
Em entrevista para a reportagem do Portal Metrópole de Notícias, a Engenheira Ambiental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Osvaldo Cruz, Silvana Maciel, disse que o encontro foi bastante produtivo. "A reunião foi extremamente importante e contou com a presença dos conselheiros do meio ambiente da cidade, da equipe técnica da Energisa, os vereadores Roberto Amor e Roberto Pazotto, além da equipe técnica da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. Nela, conversamos sobre a arborização urbana que se torna problemática quando entra em conflito, principalmente, com a questão da rede elétrica. Estamos procurando resolver esse problema da rede de energia que passa em um dos canteiros centrais do bairro Jardim Paraíso, da melhor maneira possível.", destacou.
Silvana Maciel explicou que esse problema está sendo discutido desde o começo de dezembro e que todos os envolvidos estão tentando encontrar a melhor forma de resolver essa questão para que não haja impacto ambiental de grande monta. "Durante a reunião discutimos sobre as árvores que estão plantadas embaixo da rede e verificamos que existem árvores plantadas na área de servidão, que é uma faixa a de segurança sobre os lados da rede, pra que tenha uma margem mínima de segurança para a população no caso de ruptura, curto circuito, ou coisas dessa natureza. Foi definido que será feito um estudo e um levantamento de quantas árvores realmente precisam ser retiradas daquele local. Se a árvore não traz nenhum risco, ela será podada e não retirada. Serão suprimidas somente as que não têm possibilidade de permanecer no local em que estão.", disse.
A Engenheira Ambiental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Osvaldo Cruz destacou que as árvores que serão retiradas podem causar riscos caso forem energizadas. "É muito importante que se diga que entre preservar a vida humana e preservar uma árvore, nós preservamos a vida humana, porque caso haja uma ruptura desse cabo que energize uma dessas árvores, e uma criança toque, infelizmente não há o que se fazer. A árvore, nós podemos retirar uma e plantar outra, a vida humana não. Uma vida ceifada é para sempre. Então, por questões de segurança, se precisar retirar as árvores, iremos retirar. Esse assunto será estudado cautelosamente e, com certeza, o que for melhor para todos será definido e executado.", finalizou.