A grande incidência de escorpiões nos últimos tempos faz acender um sinal de alerta nas pessoas que têm demonstrado muita preocupação com a presença desses animais peçonhentos invadindo residências e quintais.
Vários acidentes envolvendo escorpiões já foram registrados em Osvaldo Cruz e na região, pessoas foram picadas, inclusive crianças, que necessitaram de socorro rápido e a medicação adequada precisa ser ministrada.
Porém, não apenas as pessoas correm o risco de se envolver nesse tipo de acidente, os animais domésticos também estão expostos a esse perigo, só que com um agravante. Como possuem em geral, uma massa corporal menor, sofrem ainda mais os efeitos da toxina do escorpião e isso pode levar o animal rapidamente a óbito.
Segundo o Médico Veterinário, Dr. Luís Paulo Rigoleto, o tutor deve estar sempre atento às reações dos animais. "O tutor precisa prestar atenção as reações no animal e em caso de notar manifestação de dor intensa, animal salivando e inquieto, é bom vasculhar as proximidades, porque o escorpião costuma ainda estar por perto.", disse.
Ainda segundo o Dr. Luiz Paulo, o motivo do óbito dos animais, especialmente os pequenos, é a dor intensa que a picada do escorpião causa. "Os animais de pequeno porte costumam estarem mais expostos a esse perigo por conta da sua curiosidade em xeretar quando vê algo se movimentando. A picada do escorpião no animal provoca uma dor muito intensa e leva ao que é chamado de choque neurogênico, o que pode levar o animal picado a óbito.", destacou.
A rapidez do socorro é fundamental para a sobrevivência do animal que se envolver em acidente com picada de escorpião, ocorrência relativamente comum nessa época do ano de temperaturas mais altas e bastante umidade. "Não há nada que o proprietário possa fazer para conter a dor intensa do animal, por conta da dor, inclusive, o bichinho pode ficar agressivo e tentar morder quando o tutor for socorrer. O correto é procurar um veterinário rapidamente para que o protocolo possa ser realizado, com mediação na veia para combater a dor e manter vivo o paciente. Todo cuidado é pouco nesses casos.", finalizou o veterinário, Dr. Luís Paulo Rigoleto.