Janeiro não costuma ser um mês financeiramente fácil para ninguém. Além dos impostos cobrados no início do ano, como o IPVA e o IPTU, pais de família ainda precisam pagar material e matrícula escolar. Além, é claro, da fatura do cartão com as despesas de dezembro, que costumam se juntar com os gastos deste primeiro mês do ano, deixando o orçamento bem sufocado. É uma época em que muitos recorrem a empréstimos para dar um fôlego ao bolso.
Para fugir das altas taxas dos bancos tradicionais e da burocracia, cresce o número de brasileiros que procuram os serviços financeiros de startups online, as chamadas fintechs, que vão desde bancos com conta corrente, por exemplo, até cartões de crédito. Segundo levantamento da consultoria FintchLab, até meados de 2018 eram 442 delas atuando no país, um aumento de 22,5% em relação ao mesmo período de 2017.
Uma das companhias que esperam surfar nesta onda é a Ferratum, que prevê expansão de 10,78% apenas neste mês na tomada de crédito por parte dos consumidores. Segundo Guy Levy, diretor da empresa no Brasil, o comportamento do consumidor brasileiro tem mudado a cada dia e é um dos fatores chave na busca por empréstimos online.
"O brasileiro está cada vez mais digitalizado, nós queremos processos bancários rápidos e sem burocracia. Quando se trata de empréstimos queremos fugir das taxas abusivas e aquela tarifa escondida que em muitos dos casos acaba aparecendo na conta final."
A busca ainda está muito atrelada à intimidade com a tecnologia: na Ferratum, por exemplo, cerca de 60% dos clientes têm menos de 35 anos. "Há ainda uma desconfiança do público mais velho que prefere modelos tradicionais, mas isso tende a mudar, conforme esses novos negócios se tornem mais conhecidos e estabelecidos no mercado".
Processo 100% online
Em fintechs como a Ferratum, todo o processo é feito online, pelo site oficial. Sem burocracias como envio de documentos físicos ou digitalizados e, em até 10 minutos, o empréstimo pode ser aprovado. Os juros cobrados são, em média, metade dos praticados nos bancos tradicionais, segundo Levy, e não há tarifas adicionais para contratação do empréstimo, que vai de R$ 200 a R$ 3 mil.
Os usuários recebem uma linha de crédito com o valor solicitado e podem usar de acordo com a sua necessidade, como um limite de cartão de crédito. O empréstimo pode ser pago em parcelas através de boleto bancário mensal.
"Acho que a principal diferença desse tipo de serviço online é a desburocratização e acessibilidade. Tem muita gente que acaba ficando de fora do sistema bancário brasileiro por conta de pequenas burocracias. No ambiente online, a gente consegue fazer um cruzamento de dados mais eficiente, evitando problemas e oferecendo crédito para quem precisa, especialmente esse mais emergencial, para dar um fôlego nas contas", finaliza Levy.