O Corinthians mais uma vez não soube parar a boa arma do seu adversário e acumulou outro resultado adverso no Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira. Depois de um primeiro tempo morno, o Alvinegro paulista viu o Botafogo abrir o placar em escanteio, com Brenner. Jô ainda empatou, mas Igor Rabello, aos 31, fez o 2 a 1. No último lance da partida, Jô ainda reclamou de pênalti, mas o juiz ignorou e o placar foi definido no Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
Com o resultado, o Timão permanece com 59 pontos conquistados, na liderança da competição, mas vê Santos e Palmeiras, ambos com 53, encurtarem a distância. Os cariocas, por sua vez, chegam aos 47 pontos, ultrapassam o Flamengo e assumem a sexta colocação.
Na próxima rodada, os comandados de Fábio Carille terão pela frente a Ponte Preta, em duelo marcado para as 17h (de BrasÃlia) do domingo, no estádio Moisés Lucarelli. Já Jair Ventura e a sua trupe farão uma visita ao Independência, casa do Atlético-MG, rival no mesmo dia e horário.
Boas chances, zagueiros salvadores
O primeiro tempo no Nilton Santos foi bastante movimentado, principalmente em comparação com os últimos jogos do Corinthians. Apostando em Marquinhos Gabriel para ter uma opção mais ofensiva pelo lado esquerdo, Carille viu o meia criar a primeira boa chance de gol. Aos 15 minutos de bola rolando, ele pegou sobra de bola na entrada da área, cortou para o meio e acertou no travessão.
Dez minutos depois, os donos da casa, que não conseguiam finalizar com perigo, fizeram uma boa jogada para assustar Cássio. Em cobrança de escanteio, João Paulo bateu para trás, quase na linha do meio-campo. Arnaldo dominou e, em meio à s reclamações da torcida, completou o lance ensaiado com belo lançamento para Victor LuÃs, que dominou e bateu cruzado, exigindo boa defesa de Cássio.
Pouco depois, com as defesas ainda mais ligadas, dois chutes de fora da área ameaçaram Gatito e Cássio. O primeiro com Gabriel, que arriscou da intermediária e viu o arqueiro rival espalmar para o lado. Na resposta, Marcos VinÃcius recebeu na entrada da área, limpou a marcação e bateu com o pé esquerdo. Cássio, no meio do gol, defendeu em dois tempos.
O duelo só foi zerado para o intervalo, porém, por duas grandes intervenções dos zagueiros. O primeiro foi Balbuena, que viu um lançamento de João Paulo encobri-lo e chegar a Pimpão. O atacante colocou na frente e bateu cruzado, mas o paraguaio, de carrinho, fez belo desarme. Pelo lado corintiano, no último lance, Rodriguinho se livrou de dois rivais, tabelou com Marquinhos Gabriel e cruzou para Maycon. O volante dominou e chutou, mas Igor Rabello, também de carrinho, travou o lance.
Escanteio resolve para o Fogão
Na volta para o segundo tempo, o pesadelo recente do Corinthians voltou a se materializar na forma de bolas paradas. No primeiro escanteio que teve o Botafogo, logo aos sete minutos do recomeço da partida, João Paulo bateu na primeira trave, Rodrigo Pimpão desviou para trás e Brenner, livre de marcação, só complementou para a rede, em posição legal.
Quando parecia que o Alvinegro paulista se complicaria todo, o gol ao menos fez com que o time trocasse passes com calma no ataque. Em uma boa descida pela esquerda, Jô recebeu na frente de Gatito e girou para chutar, mas mandou fraco, facilitando para o goleiro. Logo na sequência, porém, o centroavante recebeu em lance parecido e chutou cruzado, rasteiro. Gatito chegou a encostar na bola, mas não evitou o gol.
O gol fez bem ao Timão, que passou a ficar mais com a bola, rodar no seu ataque e ameaçar o adversário. Em duas ocasiões, porém, Romero não conseguiu ganhar na disputa direta com os zagueiros. Quando o Botafogo parecia já sem forças para fazer gol, porém, outra vez apareceu o escanteio. Igor Rabello, pelo alto, ganhou de Rodriguinho e cabeceou no canto de Cássio, que nem se mexeu.
No desespero, Carille acionou Clayson e Kazim para tentar mudar o panorama da partida. Já dedicado apenas a se defender, os donos da casa ganharam a maioria das disputas pelo alto, menos no último lance. Após desvio de Rodriguinho, Jô dominou na área e girou sobre a marcação de Igor Rabello, que lhe deu um carrinho. O juiz, porém, nada marcou.