Por mais que a diretoria, os jogadores, o locutor do Allianz Parque e os 37 mil torcedores que foram ao jogo repetissem que o foco é o G4, todos sabiam que a missão do Palmeiras nesta segunda-feira era vencer o Cruzeiro e fincar pé na briga pelo tÃtulo. A vitória não veio, mas o time lutou até o fim e conseguiu ao menos o empate por 2 a 2 em grande noite de Borja, autor dos dois gols – e de um outro mal anulado pela arbitragem.
Vice-lÃder, o Verdão chegou aos 54 pontos e diminuiu para cinco a vantagem do Corinthians. Os rivais se enfrentam no domingo, em Itaquera, no Dérbi que ainda pode incendiar o campeonato. O Cruzeiro, com 48 pontos, está em quinto.
A noite foi angustiante para o palmeirense. Eram só 5 minutos quando Diogo Barbosa cruzou e Juninho, contra, pôs o Cruzeiro na frente.
Era tudo o que Mano Menezes queria: a vantagem e a possibilidade de se fechar e contragolpear. Só que o Palmeiras não se desesperou e bateu na porta até ela se abrir. Borja começou a aparecer aos 34, aproveitando rebote de Fábio após desvio de Dudu, em linda jogada de Moisés e EgÃdio.
Elétrico como nunca, o colombiano fez um desarme no campo de ataque (!) e ofereceu o gol da virada a Dudu, mas o camisa 7 preferiu não finalizar e tocou errado. Keno, pouco antes, já havia chutado por cima da meta após disparar sozinho.
O torcedor foi para o intervalo com a sensação de que o empate não era o resultado mais justo, até porque Heber Roberto Lopes anulou um gol de cabeça de Borja ao inventar falta sobre Manoel. Antes, já havia deixado o jogo seguir quando Diogo Barbosa segurou a camisa de Keno na área. Acabou fazendo falta...
O Cruzeiro voltou muito melhor para o segundo tempo. Mais seguro atrás e mais perigoso na frente. Aos 18 minutos, antes que o Palmeiras pudesse entender o que Mano pretendia ao colocá-lo no lugar de Rafael Marques, Robinho recebeu em velocidade, fez valer a lei do ex mais uma vez e encobriu Prass. Dessa vez não havia um Zé Roberto a postos para estufar o peito e evitar o gol.
Ao contrário do primeiro tempo, o Palmeiras sentiu o gol e se desorganizou. A reação teria que vir na marra. E assim foi: Róger Guedes, que saiu do banco, cobrou um lateral com rapidez e permitiu que Dudu cruzasse para Borja estufar a rede. A virada não saiu, mas o time segue vivo. E foi aplaudido por sua torcida.