Espanha joga mal, Akinfeev ofusca De Gea nos pênaltis, e Rússia vai às quartas de final.
Fúria peca por falta de objetividade, empata por 1 a 1 em 120 minutos e cai para donos da casa, em dia de herói de goleiro do CSKA, tão criticado no Mundial 2014. Um dos melhores do mundo, De Gea não pega pênalti e tem despedida melancólica.
O jogo da tarde terminou nos pênaltis, Croácia bate a Dinamarca e avança às quartas de final.
Depois de dois gols em quatro minutos, croatas e dinamarqueses protagonizam jogo chato, decidido apenas nas penalidades, após Modric perder chance de ouro na etapa final da prorrogação; Subasic pega duas cobranças e ofusca Schmeichel.
Rússia 4x3 Espanha
A Rússia está nas quartas de final da Copa do Mundo. Ou seria mais surpreendente o contrário: a Espanha está eliminada do Mundial. Talvez seja. A Fúria era favorita mesmo diante dos donos da casa, mas passou longe de fazer jus ao que dela se esperava. Tocou a bola sem objetividade, agrediu pouco - excetuando algumas estocadas de Rodrigo e Aspas, já na reta final da prorrogação - e foi castigada nos pênaltis. Limitado, o time russo pode chegar até mais longe, pelo chaveamento.
O goleiro Akinfeev, que já fizera uma boa partida, com defesas importantes, brilhou nas penalidades com defesas em cobranças de Koke e Aspas e colocou a Rússia nas quartas de final. Ninguém desperdiçou, do lado russo. E De Gea, de quem tanto se esperava, se despede da Copa 2018 com falhas, vários gols sofridos e sem defender nenhum pênalti quando o time precisou. Agarra muito, mas teve dias para esquecer. Vale repetir para cair a ficha: a Espanha está eliminada nas oitavas de final da Copa 2018.
Croácia 3x2 Dinamarca
Uma partida que começou com dois gols em quatro minutos e depois se arrastou no mais puro tédio pelos outros 112, até virar pura emoção novamente, com o craque de um dos times perdendo a chance de matar o jogo de pênalti e falhou, permitindo que a vaga fosse para a decisão por penalidades. Este é o roteiro de Croácia x Dinamarca. Melhor para os croatas, que venceram nos pênaltis por 3 a 2 após o 1 a 1 do tempo normal, depois de Modric, camisa 10 do Real Madrid, perder sua penalidade no fim do segundo tempo da prorrogação (Schmeichel defendeu). Nas penalidades, deu Croácia. Schmeichel pegou duas, mas Subasic também defendeu duas (Eriksen mandou na trave), e coube a Rakitic anotar a última cobrança.
O jogo começou num ritmo alucinante, com dois gols antes dos quatro minutos: Braithwaite abriu o placar para a Dinamarca aos 55 segundos, aproveitando uma bola espirrada na área após arremesso lateral de Knudsen, e Mandzukic empatou na sequência, também aproveitando um bate-rebate na cozinha dinamarquesa. Depois disso, o que se viu foi a Croácia tentando impor seu ritmo de toque de bola, tendo mais a posse (56% contra 44%), mas encontrando dificuldade para romper as linhas da Dinamarca, que assustou em alguns bons avanços de Braithwaite, a novidade na escalação, no lugar de Sisto. O empate acabou sendo o resultado justo.
O ritmo caiu consideravelmente, à medida em que o jogo foi ficando cada vez mais amarrado no meio-campo. O toque de bola da Croácia simplesmente não se encaixava, e a Dinamarca conseguiu impor seu ritmo de força, com o trio ofensivo Nicolai Jorgensen (1,94m), Yurary Poulsen (1,93m) e Braithwaite (1,80m). Com a entrada de Kovacic no lugar de Brozovic, o técnico Zlatko Dalic abriu um pouco mais seu time, tentando se posicionar mais no campo da Dinamarca. Era tudo o que os dinamarqueses queriam, já que sobrou mais espaço para os contra-ataques.