A Polícia Ambiental registrou, nesta quarta-feira (1°), a morte de uma jaguatirica vítima de atropelamento na estrada vicinal que liga o município de Caiabu (SP) ao distrito de Iubatinga.
Conforme a corporação, os agentes foram acionados para verificar o atropelamento de um animal silvestre. No local, constataram que se tratava de uma jaguatirica fêmea jovem, que já estava sem vida.
Os policiais não localizaram ninguém pelo local ou testemunhas que pudessem informar o autor do atropelamento, por isso, o animal foi recolhido e encaminhado para o Acervo Educacional de Ciências Naturais (AECIN), da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente (SP).
Conforme o decreto estadual nº 68.853, de 27 de novembro de 2018, a espécie está ameaçada de extinção, na categoria “vulnerável”.
A espécie
A jaguatirica (Leopardus pardalis) trata-se, segundo a Polícia Ambiental, de uma das espécies de felinos neotropicais mais conhecidas cientificamente, sendo um dos motivos para esse título, sua grande distribuição geográfica.
O padrão de pelagem lembra o da onça-pintada, possuindo pêlos amarelados com manchas escuras e, assim como em outros animais que apresentam esses padrões, as manchas funcionam como a impressão digital dos humanos, por serem únicas.
A jaguatirica é um animal que apresenta porte médio, com comprimento que varia de 67 a 101,5 centímetros e uma cauda que representa cerca de 46% do comprimento de seu corpo.
Os machos são, em geral, mais pesados que as fêmeas, sendo que o peso das jaguatiricas varia entre 6,6 kg e 18,6 kg. Os policiais ressaltaram também que o peso desses felinos varia de acordo com o habitat em que vivem, sendo maiores em ambientes florestais. São animais solitários, territoriais e com atividade tipicamente noturno-crepuscular.
A jaguatirica é habilidosa em escalar, saltar e nadar e, na natureza, pode viver cerca de 10 anos. Já em cativeiro, a expectativa de vida pode chegar aos 20 anos. É um felino distribuído pelas Américas Central, do Norte e do Sul que tem como hábitat áreas de caatinga, cerrado e pantanal, mas, principalmente, florestas tropicais e subtropicais (inclusive matas de galeria).
São animais carnívoros que se alimentam, em geral, de mamíferos pequenos, podendo ingerir também anfíbios, répteis e aves. Apesar disso, também podem se alimentar de presas maiores, como macacos, capivaras e pacas.
Isso significa que se trata de uma espécie que “apresenta alto risco de extinção a médio prazo, em decorrência de alterações ambientais preocupantes ou de sua redução populacional, ou ainda, da diminuição da sua área de distribuição”.