Depois de duas semanas, Polícia Civil já ouviu depoimentos de dez pessoas nas investigações sobre tragédia na SP-284

16/09/2019 08h55 Fogo teria começado no período da manhã e sido retomado à tarde, quando se alastrou por propriedades rurais às margens da pista. Acidente matou cinco pessoas em Martinópolis.
Por G1, Martinópolis - SP
Depois de duas semanas, Polícia Civil já ouviu depoimentos de dez pessoas nas investigações sobre tragédia na SP-284 .

A Polícia Civil já ouviu o depoimento de dez testemunhas nas investigações do acidente que matou cinco pessoas na Rodovia Homero Severo Lins (SP-284), em Martinópolis (SP), no dia 31 de agosto.

Na ocasião, uma van e um caminhão bateram de frente, enquanto um incêndio atingia uma área de vegetação às margens da pista. A van transportava pacientes de Rancharia (SP) que voltavam de tratamento de hemodiálise em Presidente Prudente (SP). Já o caminhão transportava uma carga de placas de vidro.

O delegado Airton Roberto Guelfi informou ao G1 na tarde desta sexta-feira (13) que a apuração da polícia constatou que o fogo teria começado no período da manhã, às margens da ferrovia que passa pelo bairro Epaminondas.

“Esse incêndio foi controlado pelo Corpo de Bombeiros ainda pela manhã. Porém, por volta das 14h, as chamas foram retomadas e se alastraram rapidamente. Continuamos investigando para tentar descobrir se a retomada do incêndio foi ocasionada por alguma fagulha do período da manhã que foi levada pelo vento ou se alguma pessoa ateou fogo”, explicou Guelfi.

Ainda conforme o delegado, a ventania que atingiu o local contribuiu para que as chamas se alastrassem com mais velocidade por várias propriedades rurais, inclusive, para vegetações do outro lado da rodovia.

A Polícia Civil aguarda o resultado da perícia para o auxílio nas investigações.

A polícia também aguarda a alta hospitalar do motorista da van, de 57 anos, e também de uma adolescente, de 17, para prestarem depoimento. Ambos estão internados no Centro de Tratamento de Queimaduras de Campinas (SP), que pertence à Santa Casa.

Ainda conforme o delegado, os corpos dos quatro homens que morreram carbonizados no local do acidente continuam no Instituto Médico Legal (IML), em Presidente Prudente, aguardando o resultado de exame de DNA, que permitirá o reconhecimento das vítimas.

A quinta vítima fatal, uma mulher de 25 anos, morreu na tarde do dia 1º de setembro, no Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente. Ela foi sepultada no dia 2 de setembro, em Rancharia.

Estados de saúde

O G1 solicitou os estados de saúde dos dois pacientes que continuam internados no Centro de Tratamento de Queimaduras de Campinas, mas não obteve resposta do hospital até o momento desta publicação.

O acidente

O acidente foi na tarde do dia 31 de agosto e provocou, no local, a morte de quatro pessoas na Rodovia Homero Severo Lins, em Martinópolis. A quinta vítima fatal morreu no Hospital Regional, em Presidente Prudente, no dia 1º de setembro.

Um caminhão e uma van bateram de frente, por volta das 16h30 , em decorrência da falta de visibilidade aos condutores por causa da fumaça provocada por focos de incêndio de grandes proporções em vegetação às margens da rodovia.

A van transportava pacientes de Rancharia que voltavam de tratamento de hemodiálise em Presidente Prudente.

O caminhão transportava uma carga de placas de vidro.

A Prefeitura de Rancharia decretou luto oficial no município por sete dias, no período entre 31 de agosto e 6 de setembro, em decorrência da comoção gerada pela morte de cinco moradores da cidade vitimados no acidente.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as causas do acidente.

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