Uma pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira (17) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) aponta que, pelo 15º ano consecutivo, as melhores rodovias do país são estaduais paulistas. A Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) é considerada a melhor rodovia do país pelo sétimo ano consecutivo. Em segundo lugar, aparecem as Rodovias D. Pedro I e a SP-340 que formam a ligação Campinas – Jacareí, seguidas da SP-225, que liga o município de Bauru à Itirapina.
A pesquisa, divulgada em Brasília, apresenta um ranking no qual 18 das 20 melhores rodovias do país são concessões estaduais paulistas fiscalizadas pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Outro dado apurado pelos técnicos da CNT que foram a campo e avaliaram 107,1 mil quilômetros de rodovias demonstra que a malha rodoviária que passa por São Paulo é a melhor do Brasil, com 78% de sua extensão classificada como ótima ou boa. Considerando todo o país, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima.
"O levantamento da CNT é de extrema importância não apenas porque qualifica o trabalho diário que fazemos junto às concessionárias, mas também porque aponta onde ainda é possível atuarmos para melhorar ainda mais as rodovias paulistas", avalia Giovanni Pengue Filho, diretor geral da Artesp.
A importância de uma malha viária em boas condições está diretamente ligada a seguraça, economia e também ao meio ambiente. De acordo com a CNT, as más condições do pavimento das rodovias representam acréscimo médio do custo operacional do transporte da ordem de 26,7%. As deficiências impactam a manutenção dos veículos, com maior desgaste de pneus e freios e aumento do consumo de combustível. São prejuízos que a malha concedida de São Paulo não agrega aos seus usuários. Confira abaixo, o ranking da CNT com as 20 melhores rodovias do país:
Pesquisa CNT/2017 – Ranking das 20 melhores
1° - Ligação São Paulo - Limeira; SP-310 / SP-348 Rod. dos Bandeirantes – Classificado como ótimo, o trecho é administrado e operado pela concessionária Autoban;
2º - Ligação Campinas - Jacareí; SP 065 – Rod. D. Pedro I e SP 340 Rod. Gov. Adhemar Pereira de Barros - Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionárias Rota das Bandeiras e Renovias;
3º Ligação Bauru - Itirapina; SP 225 - Rod. Comte. João Ribeiro de Barros e Rod. Eng. Paulo Nilo Romano - Classificado como ótimo, o trecho é administrado pela concessionária Centrovias;
4º Ligação São Paulo - Uberaba - SP 330 - Rod. Anhanguera - Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionárias Autoban,Autovias, Intervias e Entrevias;
5º Ligação Barretos - Bueno de Andrade - SP 326 - Rod. Brig. Faria Lima - Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionáriasTriângulo do Sol e Tebe;
6º Ligação São Paulo - Taubaté - SP 070 – Sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto; Classificado como ótimo o trecho é administrado pela Ecopistas;
7º Ligação Limeira - Limeira - São José do Rio Preto - SP-310/ SP-330 - Rod. Washington Luís e Rod. Rod. Anhanguera; Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionárias Autoban, Triângulo do Sol e Centrovias;
8º Ligação Araraquara - São Carlos - Franca – Itirapuã - SP-255/SP-318/SP-334/SP-345 - Rod. Antônio Machado Sant´Ana, Rod. Eng. Thales de Lorena Peixoto Jr., Rod. Anhanguera, Rod. Cândido Portinari e Rod. Eng. Ronan Rocha; Classificado como ótimo, o trecho é administrado pela concessionáriaAutovias;
9º Ligação Tietê - Jundiaí - SP-300 - Rod. Marechal Rondon e Rod. D. Gabriel Paulino Bueno Couto; Classificado como ótimo, o trecho é administrado pela concessioária Rodovias das Colinas;
10° Ligação São Paulo - Itaí - Espirito Santo do Turvo - SP-280/SP-255 Rod. Castello Branco e Rodo. João Melão; Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionárias ViaOeste, Rodovias das Colinas e SPVias;
11° Ligação Ribeirão Preto - Borborema - SP-330/SP-333 - Rod. Carlos Tonani e Rod. Laurentino Mascari; Classificado como ótimo, o trecho é administrado pela concessionária Triângulo do Sol;
12º Ligação Sorocaba – Cascata – Mococa - SP-075/SP-340/SP-342/SP-344 Rod. José Ermínio de Moraes, Rod. Santos Dumont, Rod. Gov. Adhemar Pereira de Barros (entre outros trechos que recebem outras denominações); Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionáriasRenovias, ViaOeste e Colinas;
13º Ligação Rio Claro - Itapetininga - SP-127 Rod. Antônio Romano Schincariol, Rod. Fausto Santomauro e Rod. Cornélio Pires; Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionárias Colinas e SPvias;
14º Ligação Belo Horizonte - São Paulo – BR 381; Rodovia federal;
15° Ligação Engenheiro Miller (Avaré/SP) - Jupiá (Castilho/SP) - SP-209/SP-300 Rod. Marechal Rondon, Rod. Prof. João Hipólito Martins; Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionárias Rodovias do Tietê e Viarondon;
16° Ligação São Carlos - S. J. da Boa Vista - S. J. do Rio Preto - SP-215/SP-350 Rod. Vicente Botta e Rod. Dep. Eduardo Vicente Nasser; Classificado como ótimo, o trecho é administrado pelas concessionárias Renovias e Intervias;
17º Ligação Campo Coxo - Eleutério - SP-191/SP-352 Rod. Wilson Finardi e Rod. Comendador Virgolino de Oliveira; Classificado como bom, o trecho é administrado pela concessionária Intervias e pelo DER-SP (Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo);
18° Ligação Catanduva - Taquaritinga - Ribeirão Preto - SP 322/SP 323/ SP 330/ SP 351; Rodovias Armando Salles de Oliveira, José Della Vechio, Orlando Chesini Ometto; Comendador Pedro Monteleone e Anhanguera; Classificado como bom, o trecho é administrado pelas concessionárias Tebe eEntrevias;
19° Ligação Rio de Janeiro (RJ) - São Paulo – BR 116; Rodovia federal;
20° Ligação Cotia - São Paulo - Itararé – SP 127, SP 258 e SP 270 - Rodovias Prof. Francisco da Silva Pontes, Francisco Alves Negrão e Raposo Tavares; Classificado como bom, o trecho é administrado pelo DER-SP e pelas concessionárias ViaOeste e SPVias.
Programa de base sólida
O resultado obtido pelas rodovias do Estado de São Paulo na 22ª edição da Pesquisa Rodoviária da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) é consequência das bases sólidas definidas pelo Programa Estadual de Concessões Rodoviárias do Estado, iniciado em 1998 e que estabelece as diretrizes para as concessões rodoviárias em São Paulo. Responsável por gerenciar e fiscalizar o Programa nos últimos 16 anos, a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) responde diretamente pela qualidade das obras realizadas nos atuais 8,4 mil quilômetros de rodovias sob concessão, que somam, desde o início do programa, investimentos de R$ 101,8 bilhões, considerando a execução das obras e a manutenção. A Agência Reguladora é responsável, também, por cobrar das concessionárias o perfeito estado de conservação das rodovias e operação da malha, de acordo com os parâmetros estabelecidos nos editais e contratos de concessão.
Os editais são responsáveis por garantir a qualidade da infraestrutura rodoviária e por fazer com que a malha não fique comprometida ou ultrapassada ao longo dos anos. Os investimentos realizados asseguraram, por exemplo, a duplicação de 1.200 quilômetros da malha, implantação de 1.700 quilômetros de faixas adicionais e de 317 quilômetros de marginais. São obras que, além de trazerem conforto ao motorista, também aumentam a segurança. A duplicação, por exemplo, evita acidentes como colisões frontais e laterais comuns quando o motorista realiza ultrapassagens em pista simples utilizando a faixa do sentido contrário. As marginais segregam o tráfego urbano do fluxo de veículos de viagens longas, cujas características são conflitantes e, por vezes, causam acidentes.
Outros números importantes de obras foram a implantação de 1.220 quilômetros de acostamentos e de 197 passarelas para pedestres. Também foram construídos pelo Programa de Concessões 330 quilômetros de novas pistas. São obras como a construção do Trecho Leste do Rodoanel ou a ampliação do Anel Viário de Campinas, com a construção do segmento entre as rodovias Bandeirantes (SP-348) e Anhanguera (SP-330), sem contar a construção de importantes contornos rodoviários, como o de Mogi Mirim, o de Piracicaba, o de São Roque e o de Itapeva, entre outros. São obras que tiraram das cidades o tráfego rodoviário, aliviando o trânsito urbano.
Além das obras de engenharia, os contratos prevêem a implantação de uma série de equipamentos para agilizar o atendimento ao usuário. Ao longo dos 8,4 mil quilômetros de rodovias concedidas estão em funcionamento atualmente 8.774 telefones de emergência para contato direto com as concessionárias (além de cada uma delas ter um 0800 para atendimento ao motorista), 1.231 câmeras de monitoramento de tráfego (cujas imagens são captadas pelos Centros de Controle de Operações/CCOs de cada concessionária e pelo Centro de Controle de Informações/CCI da ARTESP), 354 painéis eletrônicos de mensagens (que alertam os motoristas em caso de qualquer problema nas pistas) e 39 estações meteorológicas, entre outros equipamentos. A utilização desses equipamentos garante a agilidade dos serviços das concessionárias, como socorro mecânico e médico, que o usuário recebe sem qualquer custo adicional.