Dia 25 de julho é comemorado o Dia do Motorista no Brasil.
Seja no volante de um caminhão, um ônibus ou um carro de passeio, os motoristas são responsáveis por movimentar o pais, seja transportando pessoas, alimentos, mercadorias, medicamentos e muitos outros produtos, insumos, animais.
Em 1986 foi escolhido o dia 30 de junho para comemorar especificamente o “Dia do Caminhoneiro”, data que chegou a ser decretada por lei.
E o dia 25 de julho marca o dia de todos os motoristas e o dia de São Cristóvão, que é o padroeiro deles.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias fez algumas entrevistas com profissionais do volante para mostrar um pouquinho do sentimento desses heróis da estrada no seu dia a dia.
Renato Cesar Pasqualotti, carreteiro da transportadora Trans-Martins fala do seu dia a dia.
O profissional se considera um estradeiro daqueles que as vezes tem o fim de semana em casa, mas não é sempre que dá certo.
Disse ainda que sempre gostou de caminhão, começou com um pequeno, depois foi trabalhar com canavieiro, foi subindo e hoje está rodando o globo num 9 eixos. “A saudade da família é difícil, tem também a violência na estrada, onde o carreteiro tem que ser cuidadoso, não é todo lugar que você pode parar, pois há lugares perigosos que se parar a pessoa pode sim ser assaltada. Por exemplo, há uns dois meses atrás fui assaltado, eles não conseguiram levar o caminhão e aí me soltaram, mas fui levado para o cativeiro. O transito também é complicado, pois um veículo de carga, pesado, carregado, não para em curto espaço e tem gente com carro pequeno que corta sua frente imaginando que uma carreta carregada é só pisar no freio e ela para. Nessa empresa que trabalho, sempre a gente está em casa, mas existem serviços onde o motorista fica alongado mesmo, lá pros lado da Bahia, onde o profissional fica mês fora de casa, longe da família”, comentou.
Odair Sanches Garcia, ganha a vida dirigindo um caminhão prancha, seja durante o dia ou a noite, como ele mesmo diz, e fica feliz em ver uma família sendo transportada com segurança para sua casa. “Fui criado na roça e um dia resolvi buscar outra profissão, comecei a trabalhar como motorista em transportadora e peguei gosto pelo trabalho no volante. A partir de trabalhar com caminhão baú, fui trabalhar com guincho, autosocorro, e foi o que mais gostei, nisso estou há 16 anos trabalhando com caminhão prancha. A vida de um prancheiro é ligada no trabalho 24 horas, são 24 horas a disposição das pessoas, não tem horário, não tem sábado, não tem domingo, não tem madrugada, qualquer horário que a pessoa precisa, liga estamos socorrendo, pode ser frio, chuva, calor, não importa. Na verdade é um grande prazer socorrer a pessoa, tirar aquela família da estrada, as pessoas as vezes estão desesperadas, inseguras, no escuro , com medo e você chega e é recebido com um sorriso de alivio, levando a família em segurança para casa.”, disse Odair.
Existem profissionais que sentem prazer em pegar a estrada logo de madrugada, pois sabem que estão levando alimento e saúde para muitas famílias.
Um desses profissionais é Júnior Cesar Gonsalves Caneira, morador em São José do Rio Preto, que transporta verduras, legumes e frutas para mercados do oeste paulista.
Segundo Júnior, é difícil até explicar como surgiu a profissão de motorista em sua vida, pois quem gosta do volante já nasce com essa paixão, e quando se dá conta já está trabalhando com um caminhão. “Pra mim surgiu desde os 19 anos e já são 27 anos de estrada.”.
Perguntado se aceitaria mudar de profissão, o não veio com segurança, completando que vai nessa vida até aposentar, comentou o motorista. “É muito satisfatório saber que estou trabalhando e estou levando saúde para as famílias. Eu transporto alimento, transporto saúde para as pessoas, com os produtos chegando fresquinhos todo dia nos mercados, é o nosso trabalho”, finalizou Cesar.