REGIÃO - Responsável pelo desenvolvimento inicial da maioria das cidades da Alta Paulista, o café passa a ter novamente protagonismo na região. Com isso, a Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista) busca selo de Indicação Geográfica (IG) para fomentar a produção, que é realizada principalmente por pequenas propriedades agrícolas.
Atualmente, o café possui 14 registros de Indicações Geográficas no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), sendo dois no estado de São Paulo: Alta Mogiana (desde 2013) e Região do Pinhal (2016).
De acordo com o chefe-geral da Embrapa Café, Antonio Fernando Guerra, as IGs dão ao consumidor a garantia de estarem comprando um produto de qualidade. “Essa excelência, levando-se em conta a sustentabilidade ambiental, social e econômica é o que baliza as pesquisas realizadas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café. Além das cultivares desenvolvidas para atender às necessidades de cultivo de cada microrregião, o uso de conhecimentos gerados pela pesquisa, tanto em termos de manejo do solo, da água e da lavoura, assim como da administração da propriedade, como um todo, permitem aos produtores diferenciar seus cafés e atender aos consumidores mais exigentes, tanto no Brasil como mundo afora”, ressalta.
E tornar o produto da região diferenciado, agregando valor econômico, é o objetivo da Amnap, que iniciou o debate para a conquista do selo. “O café já foi o principal produto do agronegócio em nossa região e, nos últimos anos, tem retomado seu crescimento. O selo IG será fundamental para se tornar novamente uma das principais culturas, principalmente para pequenas propriedades, gerando emprego e renda para a região da Nova Alta Paulista”, ressaltou o presidente da entidade, prefeito de Adamantina Márcio Cardim.