Comerciantes de Dracena se reuniram na manhã desta sexta-feira (31), em frente à obra da usina fotovoltaica, para cobrar que uma dívida estimada em mais de R$ 2 milhões seja paga pela empresa Energec. Um acordo foi feito e a promessa é de que os débitos sejam quitados até o dia 7 de junho.
O empresário Nelson Cavallo Júnior, um dos credores e representantes do comércio, contou ao G1 que os manifestantes realizaram o ato pacífico para chamar a atenção, já que os prejuízos são altos.
Às 5h, com carros particulares, os comerciantes fecharam o portão da usina e impediram a entrada de funcionários no local, que receberam uma explicação sobre a situação.
Comércios de diversos segmentos atuam com dificuldades devido às dívidas. Conforme Cavallo Júnior, uma empresa do ramo alimentício até fechou em decorrência do prejuízo e deixou mais de 15 pessoas desempregadas na cidade.
O empresário falou que mais de 40 empresas estão na lista como credoras.
A estimativa é de que cerca de 500 pessoas estiveram no local, entre funcionários da usina - que não entraram no local para trabalhar -, comerciantes e trabalhadores dos comércios.
A Polícia Militar foi acionada por volta das 6h e acompanhou o ato. Não houve necessidade de intervenções.
Em nota à TV Fronteira, a Energec Engenharia e Construções Ltda. colocou que, há 21 anos no mercado, “sempre honrou seus compromissos com excelência em qualidade e pontualidade, porém com a crise econômica do país e alguns desiquilíbrios contratuais nesta obra de Dracena, gerou atrasos de alguns fornecedores”.
"Após reunião entre as Diretorias, ficou decidido que todos os débitos junto aos fornecedores serão garantidos e quitados pela WEG em até 15 dias, após confirmação de valores e trâmites administrativos. Em conjunto um plano de contingenciamento está sendo implementado pela Energec para regularização do fluxo das obras. Reconhecemos o transtorno causado e agradecemos a compreensão de todos", declarou.
O G1 também solicitou um posicionamento da Prefeitura de Dracena sobre o assunto, mas o Poder Executivo informou, em nota, que não irá se manifestar.
"Não iremos nos manifestar, pois trata-se de uma iniciativa privada, portanto a Prefeitura não tem nada a ver com o ocorrido. A parceria com o município é referente apenas a contratação de mão de obra, em parceria com o Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial]", alegou a Prefeitura ao G1.