Dengue: Osvaldo Cruz já tem 46 casos confirmados e 224 notificações aguardando resultado de exames

31/01/2020 06h14 A situação é preocupante e se torna cada vez mais necessária a colaboração, cuidados e atenção de todos.
Redação - Acally Toledo, Osvaldo Cruz - SP
Dengue: Osvaldo Cruz já tem 46 casos confirmados e 224 notificações aguardando resultado de exames .

A Vigilância Epidemiológica de Osvaldo Cruz confirmou nesta quinta-feira (30), que subiu de 4 para 46 o número de casos confirmados de dengue este ano na cidade. Além disto, são 224 casos suspeitos que aguardam resultados de exames.

A enfermeira responsável pelo setor de Vigilância Epidemiológica, Camila Silva, lembra da importância da limpeza dos quintais, caixa d'água, vasos de plantas e comedouro de animais, tudo onde possa ter acúmulo de água parada e proliferação do mosquito. "O mosquito gosta de água limpa e parada. Em Osvaldo Cruz os principais criadouros são vasos com plantas, bebedouros de animais, calhas e objetos espalhados pelos quintais. É importante que a população fique atenta aos sintomas e que procure uma unidade de saúde mais próxima de sua residência, caso apresente algum sintoma de dengue.", disse.

Sintomas

Os principais sintomas da doença são: febre alta (39°C a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças).

Caso apresente esses sintomas, recomenda-se não tomar nenhuma medicação por conta própria e procurar atendimento médico em um posto de saúde próximo.

Dengue na região

Em Presidente Prudente são 58 casos confirmados de dengue e a Vigilância Epidemiológica define cenário como 'preocupante'. Além dos positivos, são 513 notificações e outros 302 exames aguardando resultados.

No município de Tupã, são 23 confirmados, quase um caso de dengue por dia em janeiro e a situação é alarmante. De acordo com o chefe do Setor de Endemias, Marcos Antônio de Barros, o "Marquinho da Dengue", até o momento, 23 casos foram confirmados e 16 estão aguardando resultados. "Contabilizamos os relatórios todas as sextas, e os casos aumentam diariamente. Os pacientes estão sendo atendidos em todas Unidades de Saúde, alguns estão optando pela UPA ou convênios particulares", falou.

Dracena tem 140 casos confirmados de dengue e os números são considerados altos. Até o momento, além dos casos confirmados, 20 estão em análise, aguardando confirmação. O prefeito, Juliano Bertolini, em entrevista publicada no último sábado, 25, informou que em razão ao estado de alerta declarado pelo município, os agentes estão autorizados a aplicar multas aos moradores, onde forem encontradas larvas do mosquito.

Adamantina, no mês de janeiro já registra 41 casos de dengue. Os números foram informados pelo secretário municipal de saúde de Adamantina, Gustavo Taniguchi Rufino, após questionamentos durante a audiência pública das contas da saúde, referentes ao último quadrimestre do ano passado, realizada na Câmara Municipal.

Em Lucélia, o número de casos de dengue chegou a 179 nesta semana. Os registros positivos da doença foram confirmados em todos os bairros da cidade. Há ainda 50 notificações aguardando resultados.

Para controlar a situação, equipes da Secretaria Municipal de Saúde saem diariamente em visitas às residências e terrenos baldios na busca de eliminar os possíveis focos de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Dengue no Brasil

Para este ano, o Ministério da Saúde estima que o surto da dengue possa atingir, a partir de março, 11 estados do Brasil: os estados do Nordeste, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Segundo os dados apresentados, 2019 teve um aumento de 488% em relação a 2018, sendo registrados 1.544.987 casos da doença em 2019, com 782 mortes. Os estados mais afetados foram São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

Para o Ministério, 2019 foi um ano atípico, já que em 2017 e 2018 os casos haviam diminuído quando comparados a 2015 e 2016. E isso pode ter relação com o sorotipo da doença que circulou mais nesses anos, já que quando uma pessoa é infectada ela fica imune àquele sorotipo. E, na passagem de 2018 para 2019, voltou a circular o sorotipo 2, que não causava a doença há dez anos no país.

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