Dados divulgados pela Assessoria de Imprensa do Ministério do Trabalho revelam que dor nas costas é a quinta maior causa de afastamento no trabalho por mais de 15 dias no país, atrás apenas das fraturas.
Em 2017 foram registrados 12.073 casos de dorsalgia, como são conhecidas as dores nas costas, o que significa 6,13% de um total de 196.754 afastamentos, ficando atrás somente das fraturas de punho e mão (22.668), pernas e tornozelo (16.911), pé (12.873) e de antebraço (12.327).
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias entrevistou a Fisioterapeuta Especialista Geriátrica e Quiropraxista, Dra. Jussara Thais Nunes de Oliveira, que explicou quais as causas mais comuns de dorsalgia. "As causas mais comuns que chegam até o consultório são de bloqueios articulares, conhecida popularmente como "coluna travada" em trabalhadores que executam movimentos repetitivos ou bruscos, seja no trabalho ou em outro ambiente, ou que permanecem numa mesma posição por muito tempo. No grupo da terceira idade a lombalgia ocorre devido aos processos de artrose, alterações da coluna e vida sedentária.", disse.
É considerada dorsalgia qualquer tipo de dor nas costas. A mais comum é a lombar e as atividades que envolvem movimentação manual de cargas estão entre as que mais oferecem risco. Em seguida, aparecem as funções em que o trabalhador permanece por longos períodos na mesma posição.
A Dra. Jussara Nunes falou para a nossa reportagem que a má postura de quem trabalha sentado o dia todo, pode levar a dores nas costas que, se não tratadas corretamente, tornam-se irreversíveis. "A má postura ocorre devido à fraqueza dos músculos estabilizadores da coluna, e se a pessoa for sedentária, isso pode influenciar e potencializar ainda mais a dor lombar. Assim como pegar peso de maneira incorreta pode travar a coluna (bloqueio imediato), e com o decorrer do tempo, evoluir para uma hérnia discal. O escorregamento de uma vértebra sobre a outra ou uma hérnia de disco são alterações irreversíveis. Uma vez que o núcleo discal sai de seu lugar, ele não volta mais. Nesses casos, o tratamento fisioterapêutico tem como objetivo aliviar os sintomas e, melhorar dentro das possibilidades, o alinhamento vertebral. A pessoa pode ter uma vida normal sem dores ou com breves episódios de dor se for tratado corretamente.".
A fisioterapeuta destacou a importância de realizar atividades físicas frequentes para que haja o fortalecimento dos músculos que protegem a coluna. "O mais importante para ter uma coluna saudável é realizar atividades que promovam o fortalecimento de toda musculatura que estabiliza a coluna. Os alongamentos também são essenciais, e se policiar ao executar movimentos que exijam força a fim de evitar travar.", disse a Dra. Jussara Nunes.
Perguntada a respeito de tratamentos para quem sofre com dorsalgia, a Dra. Jussara Nunes falou um pouco sobre as terapias manuais. "As terapias manuais são ótimas para o desbloqueio da coluna, e para isso contamos com uma técnica chamada quiropraxia, que tem como objetivo realinhar a coluna e as articulações, devolvendo a mobilidade de ossos, músculos e nervos, colocando tudo no lugar e deixando o corpo mais livre e leve. O pilates também é uma ferramenta perfeita para complementar a quiropraxia, já que depois de realinhar a coluna, é preciso alongar e fortalecer, com isso melhora a resistência da musculatura da coluna e automaticamente, a postura.", destacou.
Para finalizar, a Dra. Jussara Nunes salientou também a importância da prevenção e do policiamento quanto à postura no trabalho. "Não deixe para amanhã o cuidado que você pode ter hoje! Prevenir é melhor do que remediar. Uma coluna saudável e sem dores é o que todos merecem para ter uma boa qualidade de vida!".