Um filhote de jacaré macho foi capturado, nesta segunda-feira (20), próximo a um tobogã na orla da praia do Parque O Figueiral, no Rio Paraná, em Presidente Epitácio (SP)
Segundo informações do técnico de enfermagem Luiz Fernando de Jesus Magalhães, que participou do resgate do animal, os banhistas comunicaram a equipe do Corpo de Bombeiros sobre o aparecimento do réptil no local.
“À tarde, algumas crianças e um pessoal que estava descendo no tobogã vieram nos dizer que tinha um jacaré debaixo do tobogã, na parte da água. O bombeiro municipal foi conferir e fomos juntos para ver se tinha acontecido alguma coisa e tinha mesmo um jacaré. Ele pegou o equipamento, conseguiu capturar o animal e o levou para a Polícia Ambiental”, contou Magalhães ao g1.
Ainda segundo o técnico de enfermagem, deparar-se com o animal na água foi uma surpresa.
“Sou técnico de enfermagem da Prefeitura de Presidente Epitácio e estava de plantão na orla, caso acontecesse alguma coisa. Então, foi mais uma surpresa [encontrar o jacaré], porque quando, nos chamaram, nós não estávamos acreditando que tinha. Mas o bombeiro olhou e confirmou que estava realmente ali”, finalizou o enfermeiro.
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, assim que capturado pelos funcionários municipais, o animal foi levado até a Base de Presidente Epitácio e em seguida solto no Córrego Caiuazinho, nesta segunda-feira (20).
Riscos de ataques
O biólogo Luiz Waldemar de Oliveira disse ao g1 que o réptil capturado em Presidente Epitácio provavelmente se trata de um jovem exemplar de jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris), do gênero caiman.
A julgar pelo tamanho e pela coloração, Oliveira estimou que se trata de um indivíduo com, no máximo, dois anos de vida, e ainda lembrou que um adulto da espécie pode passar facilmente de dois metros de comprimento.
“Esta espécie é a mais comum de nossa região. Há vários relatos de indivíduos encontrados em nossos rios. Esta espécie é nativa da bacia do Rio Paraná. O mais estranho é não ter mais espécimes”, salientou o biólogo ao g1.
Oliveira alertou que a espécie pode oferecer riscos de ataques aos seres humanos.
“Todos animais, ao se sentirem ameaçados, atacam como defesa. E o jacaré, um exemplar deste tamanho, pode, sim, se defender atacando e proporcionar sérias lesões em um ser humano. Se incomodado, se mexerem com ele, ele atacará para se defender”, pontuou o biólogo.