No dia 7 de agosto é comemorado o dia estadual da Lei Maria da Penha e a reportagem do Portal Metrópole de Notícias não poderia deixar passar uma data tão importante que marca uma conquista para as mulheres brasileiras.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias conversou sobre o assunto com a Juíza de Direito Dra. Ruth Duarte Menegatti. “No ano de 2018 uma pesquisa Datafolha apontou que a cada 9 minutos uma mulher foi vítima de algum tipo de agressão e essas agressões aconteceram, em sua maioria dentro da própria casa. Isso mostra que apesar dos esforços legislativos e punitivos, a violência contra a mulher ainda se mantém crônica, o que revela que somente leis mais rígidas não tem o poder de transformar essa realidade. Por isso que enfrentar a violência contra a mulher exige uma abordagem multidisciplinar de todos os envolvidos.”, disse.
A juíza Dra. Ruth Duarte Menegatti destacou que na região de Adamantina e Pacaembu será realizado um evento com a palestrante Maria de Fátima Duarte de Almeida Pacheco, uma educadora de Portugal, que irá abordar o tema ‘Violência Doméstica: interferências e prejuízos cognitivos na aprendizagem’. “Iniciaremos um trabalho educacional que busca justamente um diagnóstico por meio de um trabalho sério para que a igualdade entre homem e mulher seja efetivamente levada a essa tomada de consciência familiar. Precisamos de orientação por parte de professores, família, e também pelo exemplo, onde começaremos um programa educacional que terá abertura na próxima semana, com a educadora Fátima Pacheco, para abordar a importância do tema que é a igualdade humana.”, finalizou.
O evento acontece na próxima quinta-feira, dia 15 de agosto, no auditório da biblioteca de Adamantina a partir das 19h30. Educadores, pais, psicólogos, e estudantes de áreas afins de toda a região estão convidados para participar do evento.
A 'Lei Maria da Penha'
Em 2006, a luta de uma farmacêutica cearense agredida pelo marido inspirou a criação da lei que estabeleceu medidas de proteção para as mulheres vítimas de violência e agravou as punições aos agressores.
Maria da Penha Maia Fernandes ficou paraplégica após ser baleada pelo companheiro, em 1983. Só em 2002, 19 anos após o crime, Marco Antonio Heredia Viveiros foi condenado e preso pelo crime.
Desde então, Maria da Penha se dedica à causa do combate à violência contra as mulheres. A lei inspirada na história dela entrou em vigor no dia 7 de agosto de 2006 e tornou crime a violência doméstica e familiar contra a mulher.