O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse hoje (12) que o governo irá rever a caderneta do adolescente. Uma possibilidade é a elaboração de dois tipos de conteúdo, com linguagem específica, um voltado para o público de 10 a 13 anos e outro para o público de 14 a 18 anos.
A caderneta atual é voltada para adolescentes de 10 a 19 anos e contém informações sobre os direitos de crianças e adolescentes, sobre saúde nessa faixa etária, sobre puberdade e sobre sexualidade.
"Ficou uma linguagem única. A adolescência é um período muito vasto. O início não é uma data matemática. Tem meninas de 10 anos com menarca instalada e tem meninas de 14 anos que não tiveram o primeiro ciclo menstrual", disse Mandetta.
A caderneta foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro em transmissão de vídeo ao vivo que fez no Facebook na semana passada. "Tem muitas informações boas, mas o final dela fica complicado no meu entendimento", disse o presidente. As páginas finais da caderneta mostram desenhos dos órgãos sexuais e ensinam a usar camisinhas feminina e masculina.
Mandetta apontou a jornalistas a possibilidade de fazer duas cadernetas, cada uma voltada para uma faixa etária específica. "Isso agora está sendo analisado pela equipe. A cartilha é muito antiga, cumpriu seu papel", afirmou.