O Procon-SP notificou o FaceApp e as lojas de aplicativos da Google e Apple, que distribuem o app, para esclarecer com qual finalidade o aplicativo coleta dados dos consumidores.
O FaceApp, que pertence a uma empresa russa, se tornou uma febre no Brasil e no mundo nas últimas semanas por causa de um filtro que envelhece fotos, mas a política em relação ao uso de dados dos usuários é muito vaga e preocupa o órgão de defesa do consumidor.
Em nota, o Procon informou que checou a Política de Privacidade do FaceApp e a cláusula que autoriza a empresa a coletar e compartilhar imagens e dados do consumidor, sem explicar de que forma, por quanto tempo e como serão usados, preocupa o órgão de defesa do consumidor.
Nos termos de uso do app, a empresa informa que as fotos dos usuários - quem entrar na brincadeira cede os direitos das imagens publicadas através do aplicativo - podem ser compartilhadas com instituições que trabalham com inteligência artificial para melhorar a tecnologia de reconhecimento facial.
O FaceApp ainda tem acesso a registros de navegação dos usuários e informa que pode compartilhar tais informações com empresas que fazem parte do mesmo grupo do app, mas não diz quem são esses "parceiros".
Além disso, o Procon também chamou a atenção para o fato de que os termos de uso do FaceApp não estão disponibilizados em língua portuguesa.
O órgão de defesa do consumidor também notificou o Google e a Apple por disponibilizar o aplicativo em suas lojas online e informou em nota que "as empresas deverão esclarecer as políticas de coleta, armazenamento e uso dos dados dos consumidores".