Região registra janeiro mais chuvoso desde 2010

03/02/2023 06h22 Foram 465 mm de chuvas, volume 65% maior do que o habitual para o mês, que é de 281 mm; durante período, não faltou água no solo, mas dias nublados podem ter retardado crescimento das culturas
Por O Imparcial, Região
Região registra janeiro mais chuvoso desde 2010 (Foto: Reprodução)

A estação meteorológica da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), localizada no campus 2, em Presidente Prudente, registrou, em janeiro deste ano, 465 mm de chuvas. O volume é 65% maior do que o habitual para o mês (281 mm). Trata-se do janeiro mais chuvoso desde 2010, quando foram contabilizados 498 mm. Em relação às temperaturas, a média do mês foi de 25 °C, 1,7 °C abaixo da normalidade (26,7 °C). As informações são do Centro de Monitoramento e Estudos Climáticos e de Previsão do Tempo da instituição de ensino superior.

De acordo com o especialista em Agrometeorologia e Climatologia, Alexandrius de Moraes Barbosa, o volume observado em janeiro deste ano tem por lado favorável o balanço positivo de água no solo. “Ou seja, praticamente não houve déficit de água no solo durante o mês”, aponta. Já por lado desfavorável, algumas dessas chuvas foram de forte intensidade, promovendo a ocorrência de erosões. “Além disso, o grande número de dias nublados retarda o crescimento das culturas devido à pouca presença de radiação”, explica.

O que esperar para fevereiro

O centro de monitoramento adianta que o volume histórico esperado para o mês de fevereiro é próximo a 207 mm. Conforme os principais modelos numéricos de previsão do tempo, as chuvas devem ficar de próximo a pouco acima da normalidade, com volume previsto entre 200 mm e 250 mm para o oeste paulista, com um padrão mais chuvoso no início do mês e chuvas mais irregulares na segunda quinzena.

Quanto às temperaturas, a média de fevereiro é de 26,5 °C. A tendência é que fiquem pouco abaixo da normalidade para o mês.

Próximos meses

Alexandrius ressalta que, após um longo período, “finalmente o fenômeno La Niña está chegando ao fim”.

“A tendência é que, a partir de fevereiro, a temperatura do Oceano Pacífico chegue a condições de neutralidade. Com isso, é esperado que a precipitação no oeste paulista nos próximos meses fique próxima da climatologia normal da região, sem ocorrência de longos períodos de estiagem”, pontua.

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