Ontem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), por meio da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal) de Presidente Prudente, informou que os resultados de dois pacientes deram negativos para sarampo, ou seja, foram descartados. O perfil dos pacientes, em que as análises laboratoriais foram concluídas, trata-se de um adolescente de menos de 15 anos e um adulto na faixa de 20 a 30 anos, ambos do sexo masculino. Porém, de acordo com a enfermeira da VEM, Marília Wittica Pinheiro, o órgão recebeu a notificação de mais quatro casos suspeitos que, somados aos dois remanescentes, resultam em seis aguardando resultado - sendo duas crianças menores de 2 anos e quatro adultos entre 20 e 30 anos.
Em relação às situações incertas, segundo a enfermeira da VEM, “foi feito o bloqueio vacinal abrangendo todas as pessoas que tiveram contato [casa, trabalho, familiares, escola], ou seja, que conviveram no período de transmissibilidade que é de 10 dias, sendo cinco dias anteriores ao exantema [vermelhidão na pele] e cinco dias depois”, destaca.
Conforme noticiou este periódico, na semana passada, os quatro primeiros casos suspeitos foram enviados para São Paulo para análise, sendo que há mais de 20 anos a doença não é registrada no município. A situação desencadeou uma atenção maior na cidade, o que fez com que surgisse a orientação para que os nascidos a partir de 1960 buscassem atualizar a situação vacinal.
Imunização
No que diz respeito à vacinação para prevenção do sarampo, a VEM informa que dispõe de doses em todas as salas de vacina de Prudente. “Não temos uma estimativa de quantas pessoas precisam receber a vacina, por isso a importância de procurarem as unidades de saúde para verificação da carteira de vacina, se está de acordo com o recomendado para cada idade”, detalha a enfermeira.
Atualmente, a rotina de imunização do sarampo segue da seguinte forma: a primeira dose da vacina tríplice viral (sarampo-rubéola-caxumba) é dada aos 12 meses de vida. Já a segunda dose, aos 15 meses. “É importante o responsável atualizar a caderneta de vacinação da criança”.
No caso das pessoas com até 29 anos de idade, a recomendação é de duas doses. Já as pessoas a partir dos 30 anos e até os 59 anos de idade (nascidos a partir 1960), a recomendação é de apenas uma dose, ou seja, aqueles que já tomaram na infância estão imunizados.
A VEM lembra que estudos já foram feitos e mostram que pessoas com 60 anos ou mais, de alguma forma, já tiveram contato com o sarampo e, por isso, já teriam imunidade, o que dispensa a necessidade de vacinação neste momento. De qualquer forma, em caso de dúvidas, o idoso pode procurar uma unidade para a análise da carteira de vacinação.