Vigilância Epidemiológica de OC orienta sobre o que fazer em caso de picada de escorpião

08/09/2020 07h00 A Reportagem do Portal Metrópole de Notícias conversou com a Enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Osvaldo Cruz, Camila Rodrigues da Silva.
Redação - Rian Santos*, Osvaldo Cruz - SP
Vigilância Epidemiológica de OC orienta sobre o que fazer em caso de picada de escorpião .

No ultimo mês de julho, um menino de um ano de idade acabou morrendo após ser picado por um escorpião em Parapuã, em agosto, uma menina de 11 anos moradora em Lins também acabou não resistindo ao sofrer o mesmo acidente, e depois desses casos, juntamente com o tempo seco que ajuda na proliferação desse animal, muitas pessoas procuraram a Reportagem do Portal Metrópole de Notícias com a pergunta: Osvaldo Cruz está preparada para atendimento deste tipo de caso?

A Reportagem do Portal Metrópole de Notícias conversou com a Enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Osvaldo Cruz, Camila Rodrigues da Silva que explicou o que fazer quando houver acidente com escorpião. “Quando acontece algum acidente com escorpião, a pessoa deve procurar imediatamente a Santa Casa de Osvaldo Cruz. Não vá em uma Unidade Básica, porque no Pronto Socorro da Santa Casa, o paciente será avaliado se há a necessidade de tomar o soro antiescorpiônico ou não. Na maioria dos casos nem há a necessidade de tomar o soro, o paciente fica em observação durante um período, e a equipe médica acompanha as reações, que são, na maioria das vezes, só locais como dor, inchaço e vermelhidão.”.

Segundo Camila Silva, a pessoa não deve esperar reações mais graves para procurar ajuda médica. “Não se deve esperar alguma reação mais grave para procurar a Santa Casa, imediatamente a orientação é para que a pessoa vá ao Pronto Socorro, o médico analisa se há a necessidade de tomar o soro, se o caso evoluir para um quadro mais grave, como na parte circulatória, respiratória e outras situações, ai é feito a aplicação de soro conforme as queixas e sinais do paciente. Todas as vezes que esse soro é utilizado, o hospital comunica a Vigilância Epidemiológica, e nós comunica a DRS de Marília para fazer a reposição deste soro.”, explicou.

Camila Silva destacou que o município possui o soro antiescorpiônico e que está preparada para este tipo de situação. “O município de Osvaldo Cruz tem soro antiescorpiônico, esse soro é aplicado na Santa Casa, e a Santa Casa de Osvaldo Cruz é referência somente para nosso município quando se trata de acidente com escorpião. Normalmente os quadros que mais se agravam é pessoas que tem alguma comorbidade, crianças, idosos e gestantes. Estando no hospital, em caso de alguma evolução que pode ser rápida, como foi no caso da criança que acabou falecendo em Parapuã, a pessoa será tratada.”, finalizou.

A Enfermeira da VEP explicou que a Vigilância também faz o acompanhamento de denúncias de aparecimento de animais peçonhentos, juntamente com o Controle de Vetores do município, onde é feito uma visita na residência e orientação ao proprietário da casa e aos vizinhos para os cuidados para evitar o escorpião.

Caso em Parapuã

Um menino de um ano de idade morreu após ser picado por um escorpião em Parapuã (SP). Ele chegou a ser socorrido e levado à Santa Casa de Misericórdia do município para receber atendimento médico, mas não resistiu.

De acordo com a enfermeira Cristina Pereira da Silva, da Vigilância Epidemiológica do município, a criança foi picada pelo escorpião em um dos dedos das mãos, foi socorrido e deu entrada na Santa Casa, porém, o município não possuía o soro antiescorpiônico e foi pedida a transferência pela Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) para Tupã (SP). A criança acabou não resistindo e morreu.

 

 

Supervisão de Acally Toledo*

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