'Vamos discutir na justiça', diz Mazucato sobre ação do Ministério do Público

08/02/2021 10h20 Em entrevista concedida, Mazucato explicou que o apontamento de uma suposta irregularidade teria sido feito por um fiscal do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Por Jornal Cidade Aberta, Osvaldo Cruz - SP
'Vamos discutir na justiça', diz Mazucato sobre ação do Ministério do Público (Foto: Rádio Metrópole / Portal Metrópole / Rian Santos)

O ex-prefeito de Osvaldo Cruz, Edmar Mazucato (PSDB) confirmou que vai recorrer e se defender da ação proposta pelo Ministério Público local, que apura se houve superfaturamento na compra de um ônibus (leia aqui).

O ônibus em questão é um coletivo modelo de 2011, seminovo, que fora adquirido por R$ 95 mil.

Em entrevista concedida, Mazucato explicou que o apontamento de uma suposta irregularidade teria sido feito por um fiscal do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

“Veio um fiscal do TCE e segundo ele, esse ônibus estaria acima do valor de tabela. O fiscal que veio, tirou orçamentos da internet (com base no ano de 2010), os números de assentos e capacidade não batiam, acessibilidade que não estaria funcionando, mas estava, além de garantir que o ônibus não estaria em condições favoráveis”, explicou Mazucato.

Na avaliação do fiscal do TCE, o ônibus valeria pouco mais de R$ 66 mil – o que dá uma diferença de R$ 31 mil com relação ao preço pago pela administração.

“O fiscal estava equivocado. Levamos isso ao TCE, que aceitou parcialmente; Agora vamos discutir na justiça”, disse Mazucato.

Ônibus estaria em boas condições

O MP aponta na ação, ainda, que o ônibus não estaria em boas condições.

O fato também foi rebatido por Mazucato.

“Nos deram um ônibus com quatro pneus novos, ressolados na parte de trás, dois pneus novos sem ressolagem na parte de frente, um motor novo, além de garantia de câmbio e diferencial. Quem vai vender nessas condições não vai vender a preço de internet”, lembrou o ex-prefeito.

Uma primeira defesa junto ao TCE, que aconteceu cerca de 14 meses após a compra do ônibus, o advogado da Prefeitura, Luiz Sérgio Mazzoni Filho, teria levado ao TCE toda essa argumentação.

Além disso, apontou ao TCE que, mesmo sendo usado dentro da cidade, onde o consumo de combustível é maior, bem como marchas mais pesadas, a única troca que havia sido feita no ônibus foi com relação aos discos de freio.

“Usa demais. Como pode, então, ser um ônibus que está em péssimas condições? Infelizmente, quem fez o apontamento, se equivocou”, finalizou Mazucato.

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