Na quinta-feira, 21 de março, a Plant Health Care Brasil realizará o “2º. Encontro Tecnológico PHC – USINA CALIFORNIA” com o objetivo de compartilhar informações sobre clima e manejo da cana-de-açúcar para mitigação de estresses ambientais.
A Usina Califórnia, sediada em Parapuã na região do oeste paulista, reconhecida pela adoção de novas tecnologias para o manejo da produção de cana-de-açúcar abordará, durante o evento, as estratégias utilizadas e os benefícios que o uso de tecnologias inovadoras vem trazendo para a produtividade de seus canaviais. “Para esta próxima safra, após os resultados de seca, aumentamos as áreas com o uso de inovadoras tecnologias e esperamos uma considerável recuperação dos nossos canaviais em produtividade (TCH) e qualidade (ATR)”, afirma Ederson Galassi, Gerente Agrícola da Usina Califórnia.
O evento também contará com uma palestra do Engenheiro Agrônomo Marcos Zeneratto, Mestre em Agronomia e Especialista em Cana-de-Açúcar, da MZ Consultoria Agronômica, que trará o tema manejo da cana em ambientes de estresses ambientais e do Engenheiro Agrônomo e Especialista em Proteção de Plantas, Sergio Luiz de Almeida, da Plant Health Care Brasil, que falará sobre a transição de uma agricultura tradicional para uma agricultura regenerativa.
Terceira cultura mais relevante na composição do valor bruto da produção agrícola nacional - divulgada em 2020 pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento - a produção de cana-de-açúcar enfrenta, nas condições climáticas adversas, seu maior desafio. A cultura cana-de-açúcar demanda elevadas temperaturas e níveis apropriados de umidade para seu ótimo desenvolvimento. Contudo, fenômenos climáticos extremos, tais como secas prolongadas ou precipitações intensas, impactam negativamente o crescimento da planta, resultando em redução da produtividade. Adicionalmente, a crescente incidência de eventos climáticos extremos, decorrente das mudanças climáticas globais, intensifica substancialmente esse desafio.
Com relação às práticas de agricultura regenerativa, a cana-de-açúcar, ao contrário do esperado, desempenha um papel importante no sequestro de carbono da atmosfera. Um estudo realizado pela Agroicone, Unicamp e Embrapa Meio Ambiente indica que a dinâmica de ocupação da terra devido ao cultivo da cana-de-açúcar, ao longo dos últimos 20 anos no Brasil, foi responsável pela retirada de carbono da atmosfera, com avanço sobre a vegetação natural em somente 1,6% da área. A pesquisa avaliou a produção de cana entre 2000 e 2020 e mostrou que 25% da área de cana existente no final de 2020 já era cana em 2000. Durante este período, observou-se um aumento de 6,1 milhões de hectares destinados ao cultivo de cana-de-açúcar, sendo que esse acréscimo se originou, predominantemente, da conversão de áreas que, anteriormente, eram utilizadas como pastagens (60%), culturas anuais (16%) e mosaicos (22%) - ou seja, áreas passíveis de integração entre agricultura e pastagem. Lembrando que apenas 1,6% da expansão da cultura de cana ocorreu em áreas de vegetação natural.
Estes e outros aspectos serão abordados durante o 2º Encontro Tecnológico PHC-Usina Califórnia.
Encontro Tecnológico da Usina Califórnia
Data 21/03 – Início 8h30
Local SEST SENAT OSVALDO CRUZ – SP
Alameda Vasco Pigozzi, 2.250