A Prefeitura de Osvaldo Cruz anunciou a interdição do Ecoponto Municipal, devido a incêndios criminosos que consumiram parte dos resíduos do local, causando um problema de saúde pública na cidade, com a fumaça que começou no fim de semana e ainda permanece.
A engenheira ambiental e Coordenadora da Defesa Civil, Silvana Maciel, falou com a reportagem do Portal Metrópole de Notícias e destacou que o local foi interditado e um outro ponto provisório foi determinado até que seja definido um espaço definitivo para o Ecoponto do município. “Não é a primeira vez que isso acontece, mas esperamos que seja a última e estamos trabalhando para isso. Já do ponto de vista da Defesa Civil que esteve no local juntamente com as secretarias da Prefeitura e Corpo de Bombeiros para evitar que o estrago fosse maior, atingindo diretamente pessoas, mesmo porque as pessoas já são atingidas pela fumaça. A Defesa Civil prima sempre pela vida em primeiro lugar. Lá tivemos uma grande quantidade de matéria prima queimada, gerando muita fumaça e agora estão sendo tomadas as providencias no sentido de, juntamente com a prefeitura, providenciar um outro local em definitivo, pois um local provisório já foi acertado, na antiga usina de lixo, que já está à disposição das pessoas para deposito desse tipo de resíduos.”, disse.
Silvana Maciel lembrou que o local receberá somente o resíduo verde, ou seja material de poda e jardinagem. “Muito nos entristece, porque nós consideramos o ocorrido como incêndio criminoso, não sabemos quem foi, mas a pessoa precisa ter consciência e se colocar no lugar dos moradores do local, que sofrem com a fumaça, muitos até com problemas respiratórios, com sequelas da Covid, e tem que conviver com essa fumaça.”.
Ainda de acordo com a engenheira ambiental, o local do incêndio está interditado, pois como há muito material de fácil combustão, aquele local não será mais utilizado para esta finalidade, sendo que já está sendo procurado um local definitivo, ambientalmente adequado, para dar destinação correta, transformando todo esse material, em matéria orgânica. “É bom lembrar, e as vezes as pessoas não tem conhecimento, de que a cinza pode ser incorporada a um composto e se transformar em adubo orgânico, e no local interditado vamos estudar a forma adequada para reaproveita-lo, em outra questão.”.
A profissional aproveitou e pediu para que a população esqueça a cultura de que fogo é limpeza, na verdade fogo é prejudicial à saúde humana e ao meio ambiente. “Outra coisa que devemos ter em mente, é que folha não é sujeira, é parte do meio em que vivemos. Sobre o que fazer com as folhas das árvores que caem na frente das residências, se for uma quantidade pequena, é só colocar no saco preto de lixo, mas se for bastante, proveniente de quem tem várias arvores, aí é só ensacar e levar no Ecoponto, recolhendo uma pequena taxa de R$10 cada viagem, não importando a quantidade de sacos cheios de folhas que a pessoa levar até o local destinado a esse fim.”, finalizou a engenheira ambiental Silvana Maciel.
Quanto ao novo espaço para o Ecoponto, em definitivo, a engenheira prevê mais ou menos 90 dias, ou até mais, já que esse procedimento exige toda uma burocracia, que demanda tempo.
Supervisão: Acally Toledo*