Nós estamos num período que tradicionalmente é seco, muito vento, baixos índices de chuva,
alternância de frio e calor, umidade do ar muito baixa e em consequência dessa série de fatores, há um aumento muito grande no número de incêndios, principalmente na vegetação seca.
Ocorrem também os incêndios provocados em margens de rodovias, o que muitas vezes provoca cortinas de fumaça com acidentes com usuários dessas vias.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias ouviu o oficial da PM, Comandante Regional do Corpo de Bombeiros, Capitão Pecoraro do 3º Subgrupamento que abrange Osvaldo Cruz,
Adamantina, Dracena e Junqueirópolis.
O oficial Pecoraro falou sobre esse período crítico em termos de incêndios na vegetação. “Realmente, neste período temos muita estiagem, umidade do ar baixa, com isso aumentam os focos de incêndio, e em nossa região temos muito fogo em cobertura vegetal, o famoso fogo em mato e a gente pede que os proprietários de terrenos deixem tudo limpo, donos de sítios, fazendas, que façam aceiros a fim de que em caso de incêndios nas proximidades, o fogo não se alastre para as propriedades rurais.”, disse o Capitão.
O entrevistado comentou que nesta época do ano é desenvolvida a operação “Corta Fogo”, já específica para esse tipo de atividade, pois é do conhecimento da Corporação que a demanda aumenta bastante nessa época do ano. “Esse tipo de incêndio ocorre sempre em locais de difícil acesso, o que demanda bastante esforço dos bombeiros que tem que percorrer longas distancias carregando equipamentos pesados nas costas, como é o caso da bomba costal, com um pouco de água, abafadores para ir fazer o combate dos focos. Isso demanda um grande desgaste físico e de material também do Corpo de Bombeiros, além dos riscos nesse tipo de atendimento, com animais peçonhentos, risco de quedas, lesões e por isso o alerta a população.”.
O Capitão Pecoraro lembrou que nesta época do ano, ocorrem muitos chamados para combate a incêndios as margens de rodovias, o que gera uma grande preocupação por parte do Corpo de Bombeiros, pois além dos perigos do incêndio, existe também a fumaça tirando a visibilidade nas rodovias e estradas, que pode provocar acidentes no trânsito. “A gente pede aos usuários das estradas que não joguem bitucas de cigarros, em caso de incêndio não pare no local, isso pode provocar acidente com outros veículos, tente não parar, diminua a velocidade e procure sair da cortina de fumaça. Vale ressaltar também a parceria com as concessionárias de rodovias que prestam esse apoio. Fica um pedido especial a população que pode ser uma grande parceira da natureza, por isso em caso de avistar um princípio de incêndio, ligue 193 (Corpo de Bombeiros), alertando para o problema. Não fique naquela ilusão de que alguém deve ter avisado. Nesses casos todos veem e não avisam e quando informação chega ao Corpo de Bombeiros o fogo já se alastrou e fica muito mais difícil dominá- lo.”, destacou.
O entrevistado lembrou também que no caso de ação criminosa no gesto de atear fogo na vegetação de beira de estradas, é bom lembrar que essa atitude é passível de responsabilização por parte das autoridades com enquadramento nas leis ambientais.
“Existem recursos de satélites e de equipamentos das concessionárias de rodovias, além de testemunhas que sempre ajudam as autoridades nesse sentido. Nos últimos tempos foram criadas leis que proíbem, por exemplo, o setor sucroalcooleiro de fazer uso de queimadas para retirada da cana, e os municípios também criam leis cobrando a limpeza de terrenos baldios, além de uma legislação ambiental específica.”, finalizou o Capitão Pecoraro.
O telefone 193 está à disposição 24 horas por dia, sete dias da semana, exatamente a disposição da população para as necessidades e emergências.