O momento vivido pela rede hospitalar do Brasil diante da pandemia de Covid-19 começa a se deparar com mais um problema: a falta de produtos utilizados no dia a dia pelos profissionais médicos no tratamento dos pacientes atingidos pela doença.
O chamado ‘kit intubação’ já está em falta, inclusive, em hospitais da região de Presidente Prudente.
A diretora administrativa da Santa Casa de Osvaldo Cruz, Regina Ponteli, concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (22) na Prefeitura Municipal, para falar sobre a situação do município, que por enquanto ainda não está enfrentando o problema, mas não descartou que isso pode vir a ocorrer. “Felizmente, nós estamos bem com relação a medicação para sedação das pessoas que estão internadas na UTI Covid, devido a um trabalho intenso realizado pela Telma Magnani, que é nossa farmacêutica e toda equipe dela, que trabalha arduamente para conseguir essa medicação. Mas, mesmo pagando à vista, nós temos dificuldades para adquirir esses medicamentos.”, destacou.
Segundo a diretora, existe uma possibilidade de solucionar o problema, caso ele venha a ocorrer, que é uma parceria com a regional de Marília e com a Secretaria Estadual de Saúde, para importação de medicamentos, porque no mercado nacional está em falta. “Osvaldo Cruz entrou nessa parceria mesmo sabendo que esse consórcio é um pouco demorado, de 30 a 40 dias. Não dá para fazer uma previsão de quanto tempo vai funcionar esse modelo de compras de medicamentos que está sendo aplicado.”.
Sobre a situação da UTI Covid, Regina Pontelli disse que está sempre lotada porque mesmo não tendo pessoas da cidade, as vagas são do SUS (Sistema Único de Saúde), e são abertas para a região de Marília.
Perguntada sobre o temor da população de que intubado quase sempre vem a falecer, a diretora do hospital disse que isso é uma lenda que se criou, pois muitos pacientes foram intubados e se recuperaram. “Várias pessoas são intubadas e se recuperam, também nem todos que estão na UTI serão colocados na intubação. Aproveito para pedir para a população que continue tomando todos os cuidados necessários, pois a vacina não é 100% imunizante, e muitos ainda não estão protegidos contra o vírus.”, finalizou.
Supervisão de Acally Toledo*