Desde o início da pandemia, sem dúvidas, um dos setores que mais sofreram foi o comércio.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias conversou com o empresário Edivaldo Marconato, presidente da Aceoc (Associação Comercial e Empresarial de Osvaldo Cruz) que destacou o sacrifício feito pelos comerciantes e pela indústria. “O comércio e a indústria foram chamados pelos governantes para um sacrifício até que o setor de saúde fosse estruturado, mas até agora essa estrutura não chegou. Por conta disso, vivemos a fase vermelha com o comércio impedido de trabalhar, bancando funcionários, além de outras despesas. Nós sabemos que uma fase mais branda de flexibilização só virá quando tivemos mais leitos de UTI, quando o estado se estruturar, porque estamos na DRS de Marilia que conta com 62 municípios e temos só 130 leitos, isso dá dois leitos por cidade. Então precisamos trazer mais leitos para que possamos ter a chance de uma flexibilização para nosso comércio.”, disse.
Marconato lembrou que por diversas vezes a Aceoc solicitou mais leitos de UTI e que a entidade foi até muito criticada por conta dos pedidos. “Nós sempre pedimos para que viessem leitos de UTI Covid para Osvaldo Cruz, porque a gente sabia que só tendo leitos disponíveis o nosso comércio ia poder trabalhar. A administração municipal anterior trouxe os seis leitos, agora a administração atual conseguiu mais quatro. Osvaldo Cruz não tinha nenhuma e agora conta com 10, e estão de parabéns por conta disso, o município está se movimentando. Não é que a nossa região é a que mais tem casos de Covid-19, o problema é que temos 1milhão e 200 mil pessoas e só 130 leitos.”.
O Presidente da Aceoc falou também sobre reunião feita com a administração municipal. “Já nos reunimos com a prefeita Vera Morena e pedimos que ela, que tem surgido como uma nova liderança regional, para que juntamente com outros prefeitos da região solicitem mais leitos de UTI e que lutem pela estruturação do setor de saúde, só assim sairemos dessas fases restritivas. Precisamos de uns 300 leitos de UTI na região, senão corremos o risco de sair da fase vermelha, ficar uma semana na laranja e na semana seguinte voltar para a mais aguda.”, finalizou Marconato.