O Painel da Dengue do Governo do Estado informa nesta segunda-feira (22) que o número de casos confirmados de dengue subiu para 224.
Ainda segundo dados consultados pela reportagem do Portal Metrópole de Notícias, outras 160 pessoas tiveram sintomas da doença, mas os resultados dos exames foram negativos e 32 aguardam resultados de exames.
Há uma morte sob investigação por dengue no município. A Secretaria Municipal de Saúde informou que se trata de um homem que faleceu por leucemia e esta é a causa da morte da certidão de óbito, porém foi feito exame para dengue no paciente e após sua morte veio positivo.
A amostra de sangue foi encaminhada ao Instituto Adolfo Lutz para verificação de notificação para dengue ou não. Por isso o caso é tratado como suspeito ainda.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias ouviu o Médico Veterinário Marcelo Cândido, Coordenador da Vigilância Epidemiológica, que citou o estado de alerta que a cidade está por conta da dengue. “Hoje a nossa cidade vive uma situação de alerta, pois no Brasil vários estados decretaram estado de emergência, Osvaldo Cruz viveu este cenário no ano passado, quando se dizia que a variação de densidade larvária estava em 7.4. Isso quer dizer um risco alto de epidemia, o que realmente aconteceu. Neste ano de 2024 a gente teve uma avaliação de densidade larvária de 3.2, o que coloca todos em alerta. A população tem que ficar alerta e se manter focada em cuidar bem de sua casa para não deixar água parada em quintais, dentro de casa, já que na maioria dos casos os focos de dengue são encontrados dentro de casa, as vezes nos vasos de plantas, e na maioria dos casos, nos bebedouros de animais.”, disse.
O veterinário destacou que considerando-se que estamos com um índice larvário de 3.2, é preciso que todos atuem para combater o problema, pois segundo a Organização Mundial da Saúde o índice ideal é 1. “Por isso que estamos vivendo uma espécie de alerta na cidade de Osvaldo Cruz, para que a população cuide bem dos quintais, dos terrenos baldios e até verifiquem na guia de sarjeta, onde as partes mais em desnível acumulam água. Os maiores números de casos de encontro de larvas são em vasos e nos bebedouros de animais, pois apenas trocar a água não é o suficiente, é preciso lavar as bordas do bebedouro com uma buchinha para desalojar os ovos do mosquito que ficam grudados nas paredes do bebedouro e que depois eclodem se transformando em mosquito. Esse bebedouro pode ficar até um ano sem água, com os ovinhos da fêmea do mosquito grudados nas bordas e quando retornar à água, esses ovos estão prontos para eclodir e virar mosquito.”, comentou o coordenador da VEP.
Marcelo Cândido disse ainda que a nebulização está sendo feita nos pontos onde são registrados casos de dengue para matar os mosquitos contaminados que poderão passar a doença para outras pessoas. “Mas é importante que na hora que está sendo aplicado o inseticida que as pessoas deixem portas e janelas abertas para que sejam atingidos também os mosquitos que estão dentro da moradia.”, finalizou.
Sintomas
Normalmente, o primeiro sintoma da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início repentino, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas.
Ao apresentar esses sintomas, a pessoa deve procurar a unidade de Saúde mais próxima da sua residência.