Uma parceria entre o Sebrae-SP e a Prefeitura de Osvaldo Cruz pretende ampliar até os produtores locais o acesso a um selo de procedência geográfica para o café produzido na Nova Alta Paulista.
Na semana passada consultores do Sebrae-SP visitaram dois dos principais produtores de Osvaldo Cruz no sentido de que eles conheçam o projeto e convidem outros produtores a participarem da indicação geográfica de procedência.
A intenção do Sebrae-SP é que o café aqui produzido seja reconhecido como um produto de procedência, abrangendo toda a Nova Alta Paulista.
“Para nós produtores é importante sim o selo. Isto vai tornar nosso produto muito melhor em termos de venda, mais atrativo no mercado, sem dúvida. Vou participar sim”, disse o produtor, Luiz Baptista Júnior.
Participação do Município
Por outro lado, a Prefeitura de Osvaldo Cruz, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, está engajada na parceria que pode ser um agregador de valores aos produtores locais.
"A intenção é que os produtores de café de Osvaldo Cruz também recebam esse selo e consigam melhores preços de venda ao final", disse o Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Guilherme Trovó.
Sebrae realizou seminário no ano passado na região
No ano passado o Sebrae-SP já havia realizado um seminário em conjunto com o Instituto Federal de SP sobre a Indicação de Procedência do Café Arábica da Nova Alta Paulista.
Produtores de café arábica, agroindústrias, engenheiros agrônomos, técnicos agrícolas, pesquisadores, lideranças comunitárias, cooperativas, associações, instituições de ensino e pesquisa, poder público e representantes de entidades governamentais e não governamentais discutiram políticas da cultura para a região em sobre uma de suas principais atividades econômicas.
Especificamente na Região da Nova Alta Paulista, o café arábica faz parte da fundação e/ou desenvolvimento das 30 cidades que a compõem.
O projeto teve início no mês de maio do ano passado e se estenderá pelos próximos três anos, até a solicitação do reconhecimento junto ao INPI. No caso do Café Arábica da NAP, a solicitação será da espécie “Indicação de Procedência”, que é utilizada para indicar que um produto ou serviço é reconhecidamente originário de um país, uma região, um lugar específico, atestando a notoriedade do local de onde o produto se originou.
Indicação Geográfica
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o registro de Indicação Geográfica é conferido a produtos ou serviços que são característicos do seu local de origem, o que lhes atribui reputação, valor intrínseco e identidade própria, além de os distinguir em relação aos seus similares disponíveis no mercado.
São produtos que apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e saber fazer. A maior parte das Indicações Geográficas é formada pelos pequenos negócios, segundo levantamento do Sebrae. O reconhecimento de uma Indicação Geográfica no Brasil é obtido por meio de registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Hoje o país possui Indicações Geográficas em vários setores, como vinhos, artesanatos, cafés, queijos, frutas, entre outros.