Mães de crianças que frequentam aulas de dança ofertadas pela Prefeitura de Osvaldo Cruz procuraram a reportagem do Portal Metrópole de Notícias e relataram um fato que deixou pais e crianças assustados.
Neste sábado (08), durante as aulas, foram encontrados vários escorpiões na sala onde aconteciam os ensaios e um, inclusive, quase picou uma criança de apenas 4 anos. A criança foi levada para a Santa Casa, e segundo o que foi informado por uma mãe, a médica relatou que felizmente a picada não chegou a acontecer.
Cerca de 90 alunos de 04 a 20 anos participam do projeto que é proporcionado gratuitamente pela Prefeitura e acontece em uma das salas do Centro Cultural, o antigo cinema.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias falou com Cíntia Férsi, que tem duas filhas que participam das aulas e destacou o que aconteceu neste final de semana durante as aulas das crianças. “Sábado, infelizmente, nos deparamos novamente com uma sala muito suja, sem reparos, com buraco na parede, e dessa vez aconteceu o pior, as crianças estavam dançando, uma delas sentiu que tinha um bicho na perna e a professora viu que era um escorpião e notou mais escorpiões dentro da sala. Isso nos deixou muito revoltados, a gente percebe um descaso com infraestrutura do local, sala sempre suja, um bebedouro que não suporta a quantidade de alunos do projeto de dança, janelas quebradas e que não abrem, local sem ventilação. A sala do cinema é climatizada, mas não é permitido o uso, não sabemos o motivo, mas não deixam as crianças utilizarem o local.”
A mãe relatou a falta de suporte que existe com o local onde acontecem as aulas. “Percebemos uma falta de suporte, é um projeto gratuito, sou mãe, tenho duas filhas no projeto e tem muitas crianças que participam das aulas e tem a oportunidade de participar de uma aula de dança gratuita, e isso é muito importante para a questão social, mas é necessário que tenha o mínimo de suporte, o mínimo de limpeza, nós sabemos que o aparecimento de escorpião pode acontecer em qualquer lugar, mas aquele local está sempre sujo, dá para perceber que ninguém olha por aquele local, que precisava ser mais bem tratado pela direção de cultura. A gente percebe que existe um descaso, sempre tem uma desculpa, que ora está com telhado quebrado, ora chove e molha dentro, coisas que percebemos que são simples de resolver, porém, não é resolvido.”, destacou.
As mães se organizaram e fizeram um abaixo assinado pedindo melhorias no local.
Em um vídeo feito por mães das crianças que frequentam as aulas de dança ofertadas pela Prefeitura de Osvaldo Cruz, é possível ver um buraco na parede, e vários escorpiões pela sala.
Confira o vídeo:
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias encaminhou a reclamação para a Assessoria de Imprensa da Prefeitura e obteve a seguinte resposta:
Segundo o Secretário de Esportes, Cultura e Turismo de Osvaldo Cruz, José Clodoaldo Cavacini, a prefeitura ficou preocupada com o ocorrido. “Em um primeiro momento foi um sentimento de preocupação, pois se trata de criança, mas nós da prefeitura estamos tomando as devidas providencias. A limpeza do local é feita periodicamente, mas estamos fazendo uma megatarefa aqui para ver o que a gente pode fazer para melhorar, sempre melhorar, ou seja, fazer uma limpeza, algumas adequações, ver as tubulações por baixo do Centro Cultural que são muito antigas, então nós vamos tomar os devidos cuidados para isso não se repetir.”, disse.
De acordo com o Secretário o trabalho de limpeza já começou a ser feito. “Começamos esse trabalho para que os pais possam ter tranquilidade, e outra coisa, aqui fica aberto, qualquer pai pode ir e conversar comigo pra gente esclarecer, ver o que está acontecendo, porque é para melhorar.”, finalizou José Clodoaldo.
Já o médico veterinário da Vigilância Epidemiológica, Dr. Marcelo Cândido, falou que temos que aprender a nos defender de escorpiões. “A gente tem que aprender a se defender do escorpião, estamos começando agora em todos os setores que envolvem crianças, o treinamento dos brigadistas contra o escorpião, para que esses funcionários saibam identificar onde estão os pontos críticos e onde possa estar o problema.”, concluiu o coordenador da VEP.