Você Repórter: Moradores da Vila Cavaru reclamam de esgoto e da tubulação de águas pluviais

19/04/2024 08h42 A Prefeitura de Osvaldo Cruz foi procurada pela reportagem e destacou em nota que caso caiba providências por parte da Prefeitura, o município resolverá o problema com obras complementares.
Redação: Wilson Bettiol, Osvaldo Cruz - SP
Você Repórter: Moradores da Vila Cavaru reclamam de esgoto e da tubulação de águas pluviais (Foto: Wilson Bettiol/Portal Metrópole de Notícias)

A reportagem do Portal Metrópole de Notícias foi procurada por uma família moradora na Avenida Presidente Vargas, 1.447, Vila Cavaru em Osvaldo Cruz, que passa por um problema sério que ameaça derrubar a casa onde moram.

O problema enfrentado pela família começa na rede de esgotos, onde após as chuvas mais fortes ocorre um vazamento enchendo o quintal dos moradores de fezes e outros detritos.

Outro problema é o sistema de captação das águas pluviais, que naquele endereço tem a boca de lobo defronte a casa da família, com a tubulação passando debaixo da moradia e terminando logo após o limite da construção nos fundos, onde a partir daí, a água é jogada no barranco e no terreno baldio ali existente, correndo a céu aberto.

Com as fortes chuvas do período, o sistema feito com tubulação de diâmetro pequeno não consegue vencer a água provocando inundação da casa da família e ainda a casa vizinha onde moram dois idosos.

Esse volume de água que desce e entra nessa boca de lobo é muito grande, já que o local é baixo. Além de inundações e estragos nos bens da família, cada vez mais a água liberada onde termina a tubulação nos fundos da casa vai formando erosão e desbarranca o que sobrou do quintal estando no limite, podendo a qualquer hora derrubar a casa.

Segundo a família, foram feitos contatos com a Sabesp e com a Prefeitura, mas até agora só a Companhia de Água Esgotos está tomando providencias no tocante a sua parte.

A reportagem da Metrópole ouviu a senhora Roseli Cardoso Ribeiro, moradora da casa, que falou sobre o problema enfrentado pela família. “Aqui o problema é que nos fundos da casa não tem tubulação de água da enxurrada, corre tudo ao ar livre, e com essa questão da dengue que está matando e assolando o pessoal todo, é muito preocupante. Aqui desce água de todo lado e a boca de lobo e os tubos não suportam o volume de água. Nós fomos várias vezes na Prefeitura, vieram engenheiros, um deles disse que teria que colocar uma tubulação maior porque a atual não dá conta, só que eles vão embora e o problema não é resolvido. Minha casa está descendo, a arquiteta veio aqui, olhou e nunca mais voltou. Não é só minha família, mas todos que moram nessa parte mais baixa. Minha casa é em cima da boca de lobo e da tubulação, passa por baixo da casa e já termina, a partir daí é tudo ao ar livre.”, disse.

A moradora destacou ainda que o outro problema é o esgoto, que quando chove ocorre um vazamento e espalha tudo pelo quintal da casa. “Até dentro de casa entra, tanto que tivemos que isolar um quarto por causa disso. Mas nesse caso a Sabesp prometeu fazer um trabalho no quintal para tentar resolver o problema e disse inclusive que será tudo de graça. O pior é que em consequência disso eu estou doente, fazendo tratamento, estamos saindo da casa, tirando um pouco dos pertences e fechando a casa e vai ficar aí até que possa ser resolvido.”, finalizou Roseli Cardoso Ribeiro.

A filha da moradora, Meiriely também pediu ajuda para tentar solucionar o problema. “Eu sou filha da dona Roseli, a situação do esgoto e da enxurrada está preocupante, esgoto ao ar livre sendo perigoso até para uma criança cair lá, não havendo tempo de socorrer. Minha mãe pegou dengue, eu peguei dengue, nossa situação é precária e a casa está caindo. Gente, vamos tomar uma atitude prefeitura, vereadores, vamos ver a situação da cidade.”, destacou.

Enedino Campos, que é filho do casal de idosos da casa vizinha que também é atingida pela enxurrada e pelo vazamento da rede de esgotos, falou sobre o drama da família. “Nosso quintal aqui é vizinho e sempre entope o esgoto, vaza para o quintal da dona Roseli e de lá desce para minha casa onde o local é mais baixo. A Sabesp se propôs a resolver o problema do esgoto, mas como o quintal é fundo, em desnível, tem o problema das enxurradas. A tubulação da boca de lobo é muito curta e joga a água a céu aberto nos fundos de nossos quintais, provocando erosão que vai acabar derrubando as casas se algo não for feito.”, comentou o morador.

A reportagem do Portal Metrópole de Notícias repassou a reclamação das famílias para a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, que se manifestou através da seguinte nota:

NOTA À IMPRENSA

A Prefeitura de Osvaldo Cruz informa que oficiou a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) na semana passada a respeito de problema de ligações clandestinas de esgoto na região da Vila Cavaru.

A Sabesp ficou de encaminhar uma equipe ao local para estudo sobre se há ou não ligações clandestinas na rede coletora de esgoto. Em caso positivo, a companhia de saneamento comprometeu-se em resolver a questão.

Após conhecimento sobre a realidade no local e caso caiba providências por parte da Prefeitura, o município resolverá o problema com obras complementares.

No entanto, anteriormente já foi possível verificar no mesmo bairro, problemas de resíduos depositados em locais indevidos pela população. Alguns locais como é o caso de poucas ruas da Vila Cavaru, ficam viciados com descartes irregulares e que, em caso de chuvas intensas como as da semana passada, comprometem as redes pluviais (para águas de chuva), podendo causar problemas aos moradores.

É o caso de situação já verificada na Rua Amarilia Costa, a via é localizada vizinha a um barranco e também moradores aproveitam para jogar lixo no local. Sobre os animais peçonhentos, a rua é localizada próxima a duas galerias de águas pluviais e um fundo de vale, o que pode proporcionar a presença desses animais. 

Já na Rua Moacir Garcia, vizinha a uma propriedade rural, onde há reclamação dos moradores quanto a uma chácara que está localizada do outro lado da via. Porém, algumas pessoas descartam podas de árvores e lixo indevidamente, jogando os resíduos na área vizinha.

O município lembra que cada cidadão é responsável pelo lixo que produz. A Prefeitura implantou nos últimos três anos sistemas de recolhimentos de resíduos através de caçambas comunitárias em 22 pontos diferentes, um caminhão para recolhimento de galhos e outro para recolhimento de volumosos (móveis velhos), bem como já mantém o sistema de limpeza de resíduos orgânicos e outro para recicláveis.

Porém em todas as situações a Prefeitura ressalta que se não houver colaboração dos moradores do entorno fica difícil a manutenção e quem sofre são os vizinhos.

 

(Fonte: Assessoria de Imprensa)

 

 

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