A última fronteira O ataque a tiros à caravana de Lula inflou o discurso polÃtico do PT de que ele é vÃtima de uma caçada antidemocrática. O lÃder da legenda na Câmara, Paulo Pimenta (RS), telefonou ainda nesta terça (27) ao ministro da Segurança, Raul Jungmann, para dizer que a integridade do petista tornou-se responsabilidade do governo Temer. A investida sem precedentes assustou quadros da sigla que agora falam na possibilidade real de tragédia e defendem o fim das andanças pelo paÃs.
Batalha campal Integrantes da cúpula do PT temem uma escalada de confrontos caso o STF conceda o habeas corpus ao ex-presidente. Haverá, avaliam, uma "longa estrada até agosto", perÃodo do registro das candidaturas. Eles apostam que Lula não topará se recolher nesse perÃodo.
Anéis e dedos Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça que hoje está advogando para o PT, diz que é preciso repensar o modelo das caravanas "para não colocar a vida de Lula em risco".
Em alerta Num retrato de como os ataques durante o giro pela região Sul deixaram os petistas alarmados, em Chapecó (SC), Fernando Haddad estava no palanque com o ex-presidente quando avistou uma igreja com torres. "Alguém vistoriou?", indagou. Diante da negativa, rebateu: "Estão brincando".
Nossos tempos Raul Jungmann conversou pessoalmente com deputados do PT que foram até sua pasta falar sobre o assassinato de Marielle Franco, no Rio, e souberam dos tiros na comitiva de Lula durante a reunião. Segundo os relatos, o ministro mostrou-se assustado e tratou o episódio como o prenúncio de um futuro sombrio.