Do total de torcedores do Peñarol detidos após a confusão no Recreio dos Bandeirantes na tarde de quarta-feira (23), 22 ficaram presos e um adolescente foi apreendido. A Polícia Civil do Rio de Janeiro individualizou as condutas dos envolvidos nos delitos.
Eles foram encaminhados para a Polinter e passarão por audiência de custódia nesta quinta-feira (24).
As imagens de câmeras de segurança e vídeos veiculados na imprensa foram usados pelos agentes para identificar e definir a responsabilidade de cada um no tumulto que aterrorizou parte da orla do Rio de Janeiro. Todos também prestaram depoimento.
Os presos foram autuados por diversos crimes como porte ilegal de arma de fogo, furto, lesão corporal, dano qualificado, incêndio, associação criminosa, resistência, desobediência, desacato, rixa, injúria racial, corrupção de menores.
Eles também foram enquadrados no artigo 201 do Estatuto do Torcedor, sobre penas para quem promove brigas de torcidas e punições para quem “promover tumulto, praticar ou incitar a violência ou invadir local restrito aos competidores ou aos árbitros e seus auxiliares em eventos esportivos”.
O artigo prevê pena de um a dois anos de prisão e pagamento de multa.
Um adolescente foi apreendido por fatos análogos aos crimes de associação criminosa, incêndio e pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor. Ele foi encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), de onde seguirá para a Vara da infância e da Juventude.
Além dos presos, outros 330 uruguaios vão responder pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor. Os processos serão enviados para o Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos.
O caso
A confusão começou por volta do meio-dia, entre os uruguaios e brasileiros – incluindo policiais militares. As imagens – exibidas ao vivo na TV Globo e no g1 – mostraram flagrantes de violência, vandalismo e correria.
Houve uma briga generalizada com cenas de selvageria no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.