Entenda por que você deve fugir do parcelamento no cartão de crédito do IPVA 2018

11/01/2018 16h02 Em exem­plo ana­li­sa­do por con­sul­tor fi­nan­cei­ro, as ta­xas co­bra­das no car­tão che­gam a 26,52% ao ano na op­ção por 12 parcelas.
Redação - Estado de Minas, Brasil
Entenda por que você deve fugir do parcelamento no cartão de crédito do IPVA 2018 (Foto: Arte/EM)

Não é pre­ci­so ser um es­pe­ci­a­lis­ta pa­ra en­ten­der que, po­den­do evi­tar, é me­lhor não ado­tar o par­ce­la­men­to em car­tão de cré­di­to pa­ra pa­gar o IPVA 2018.

Um con­sul­tor fi­nan­cei­ro  mos­tra qual o im­pac­to no or­ça­men­to ao es­ten­der o pa­ga­men­to do im­pos­to ao lon­go do ano: uma ta­xa de ju­ros anu­al de 26,52%. Os cál­cu­los fo­ram fei­tos a par­tir de um IPVA fi­xa­do em R$ 982,62 (par­ce­la­do de três ve­zes pe­lo pró­prio Es­ta­do) ou R$ 954 com o des­con­to de 3% pa­ra a qui­ta­ção à vista. Op­tan­do pe­lo car­tão de cré­di­to, a dí­vi­da do con­tri­bu­in­te po­de che­gar a até R$ 1.298,40. É a pri­mei­ra vez que os do­nos de veí­cu­los po­de­rão qui­tar os im­pos­tos por meio do car­tão de dé­bi­to e de crédito.

As ta­xas va­ri­am de acor­do com o nú­me­ro de par­ce­las ado­ta­das, mas mes­mo pa­ra quem quer adi­ar o pa­ga­men­to por ape­nas um mês a mor­di­da é grande. Quem op­tar por pa­gar em par­ce­la úni­ca no car­tão vai ar­car com ju­ros de 10,146%, che­gan­do a um to­tal de R$ 1.061,73 – uma di­fe­ren­ça de R$ 107,73, di­nhei­ro su­fi­ci­en­te pa­ra pa­gar, por exem­plo, o li­cen­ci­a­men­to, que cus­ta R$ 92,66. Pa­gar de três ve­zes no car­tão de cré­di­to tam­bém sai bem mais ca­ro que op­tar pe­las três par­ce­las pro­pos­tas pe­lo go­ver­no estadual. No cai­xa do ban­co, o pro­pri­e­tá­rio do veí­cu­lo vai ar­car com R$ 327,54 mensais. No cré­di­to, se­rão três de R$ 366,05. Ju­ros de 13,12%.

Ado­tar uma par­ce­la a mais (qua­tro) re­pre­sen­ta um acrés­ci­mo de 14,769% no va­lor do IPVA, che­gan­do a R$ 1.119,32. A par­tir daí os per­cen­tu­ais va­ri­am mês a mês. Cin­co par­ce­las, por exem­plo, sig­ni­fi­ca­rão 16,674% a mais no imposto. “É uma ta­xa de ju­ros mui­to sig­ni­fi­ca­ti­va di­an­te de uma in­fla­ção pre­vis­ta pa­ra o ano em tor­no de 3%. Sem­pre di­go que os ju­ros são co­mo cu­pins que cor­ro­em o or­ça­men­to das pes­so­as”, aler­ta o con­sul­tor fi­nan­cei­ro Eras­mo Vieira.

Nes­se con­tex­to, a ado­ção do pa­ga­men­to em 12 me­ses é, ob­vi­a­men­te, a pi­or das op­çõ­es pa­ra o devedor. E en­ga­na-se quem pen­sa que re­cor­rer a um em­prés­ti­mo ban­cá­rio le­va­rá a um cus­to mui­to maior. Vai de­pen­der de ca­da ca­so: o ban­co e o ti­po de re­la­ção que se tem com ele. Às ve­zes até mes­mo ado­tar um cré­di­to con­sig­na­do em fo­lha po­de re­pre­sen­tar uma ta­xa de ju­ros menor.

 

 

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