Serviços fica quase estável em maio, diz IBGE

13/07/2017 16h07 Em abril, atividade havia avançado 1%, melhor resultado para o mês em 4 anos.
Da Redação - G1, Osvaldo Cruz
Serviços fica quase estável em maio, diz IBGE Setor de Serviços fica praticamente estável em maio

O volume do setor de serviços do país ficou praticamente estável em maio. A atividade cresceu 0,1% frente a abril na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em abril, o indicador havia subido 1%, melhor resultado em quatro anos, seguido de uma queda de 2,6% em março. 

A maior contribuição negativa frente a abril veio do transporte aéreo, com recuo de 3,8%, e atividades turísticas, de 2,6%. Na outra ponta, o segmento "outros serviços" foi o que mais avançou, com variação positiva de 6,2%.

"O setor de serviços vinha apresentando uma tendência de melhora desde outubro de 2017, mas em março houve uma retração que interrompeu essa trajetória, que vem sendo recuperada aos poucos. O setor praticamente se manteve estável", destacou Roberto Saldanha, analista da coordenação de serviços e comércio do IBGE.

A taxa acumulada no ano até maio recuou 4,4%. Em 12 meses, a retração do setor é de 4,7%, segundo o IBGE. "Ainda não podemos afirmar que a trajetória vai ser invertida. Temos que esperar outros pontos para confirmar uma recuperação", destacou o analista do IBGE. 

Já a receita nominal do setor em maio subiu 0,3% frente a abril, na série sem influências sazonais, mas subiu 3,9% na comparação com maio do ano anterior, também sem ajuste sazonal. No ano, a receita da atividade foi positiva em 1,3% e, em 12 meses, em 0,4%. 

Queda frente a maio de 2016

Frente ao mesmo mês do ano passado, o setor teve retração de 1,9%, o menor resultado desde abril de 2015, quando o indicador recuou 5,7%. A maior influência negativa veio do segmento transporte aéreo, que recuou 17,5% nesta base de comparação.

A alta de 4,9% do setor de transportes em relação ao mesmo mês do ano anterior também teve contribuição positiva para o índice. "Os setores agrícolas demandaram mais o serviço de transportes, além do aumento das exportações", destacou Saldanha. 

No outro extremo, os serviços de profissionais, administrativos e complementares registraram queda de -5,7% e a queda de -5,2% na área de atividades turísticas contribuíram negativamente para o índice.

Estados em destaque

Os estados do Amazonas (6,2%), Rio Grande do Sul (4,1%) e Mato Grosso (3,2%) tiveram as maiores influências positivas no índice no confronto com abril, na série com ajuste sazonal. Já as maiores quedas ocorreram em Roraima (-5,3%), Rondônia (-4,8%) e no Distrito Federal (-4,6%).

Na comparação com maio de 2016, o estado deo Rio teve retração de 8,8% no setor. "O Rio de Janeiro tem uma atividade de queda por causa da crise fiscal e de quebra de contratos" destacou o analista do IBGE em relação ao estado.

No segmento de turismo, Pernambuco teve o melhor desempenho em volume (sem ajuste sazonal), de 0,8%, seguido de Espírito Santo (0,5%) e Ceará (0,3%). Os principais recuos, por sua vez, foram observados no Rio de Janeiro (-5,4%), Paraná (-3,7%), Distrito Federal (-2,7%), Minas Gerias (-2,1%), Santa Catarina (-2,0%) e Bahia (-1,5%).

 

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