Uma mulher, de 52 anos, foi multada em R$ 5 mil, nesta segunda-feira (3), por manter uma arara-canindé (Ara ararauna) em cativeiro, no Assentamento Rancho Fundo, em Euclides da Cunha Paulista (SP).
Segundo a Polícia Ambiental, uma equipe recebeu a denúncia sobre manutenção de ave da fauna silvestre em cativeiro. Os policiais foram até um lote no assentamento e constataram que havia uma arara em cativeiro “a título de estimação”, porém sem autorização do órgão ambiental.
Um Auto de Infração Ambiental no valor de R$ 5 mil foi elaborado por manter em cativeiro espécime da fauna silvestre. Ainda conforme os policiais, o valor da multa é decorrente da ave em questão encontrar-se na lista de animais ameaçados de extinção.
A arara-canindé foi apreendida e será encaminhada para a Associação Protetora de Animais de Assis (APASS).
Ameaçada de extinção
A arara-canindé (Ara ararauna), também conhecida como arara-de-barriga-amarela, arara-amarela, arara-azul-e-amarela, araraí e canindé, é uma das mais conhecidas representantes do gênero Ara, sendo uma das espécies emblemáticas do cerrado brasileiro e importante para muitas comunidades indígenas.
Os indivíduos congregam-se frequentemente com outras araras e psitacídeos em barrancos de rios com solos ricos em minerais específicos. Vivem em bandos com até 25 indivíduos e chegam a medir 83 centímetros de comprimento.
A ave tem uma longa cauda triangular, asas largas, um bico escuro grande e forte e as típicas patas zigodáctilas dos psitacídeos, com dois pares de dedos opostos, o que lhe dá grande destreza para escalar árvores e manipular os alimentos.
A arara-canindé, que traz na plumária as cores da bandeira do Brasil, está ameaçada de extinção.