A Polícia Militar Rodoviária de Marília aprendeu, na madrugada desta sexta-feira (24), uma carreta que pode ter sido usada para a apropriação de uma carga de 34,8 toneladas de soja. Os grãos desviados, na cotação atual do Paraná, podem custar até R$ 10,2 milhões.
Conforme registro policial, na madrugada desta sexta-feira (24) motorista e um ajudante foram parados na rodovia Rachid Rayes (SP-333), próximo da praça de pedágio, entre Marília e Echaporã.
Ao verificar a documentação do caminhão Scania e do semirreboque, placas Mercosul, os policiais constataram um bloqueio por apropriação indébita. A denúncia foi feita na cidade de Sebastianópolis do Sul (SP), há dois dias.
Averiguação
O motorista de 32 anos e o passageiro, de 42, foram questionados. O condutor disse que trabalha como motorista comissionado e que foi contratado, recentemente, para buscar uma carga de soja em Pitangueiras (SP). Sobre o acompanhante, disse que era apenas carona.
Ao investigar os últimos registros do veículo, os policiais descobriram que a soja mencionada havia sido carregada – no dia 15 de março – em uma empresa de Sebastianópolis do Sul (SP). Partiria com destino ao porto de Santos.
Mas o transporte não foi feito e o responsável pelo frete denunciou apropriação indébita. Ele apontou como suspeitos o dono da empresa (a quem havia subcontratado) e também um motorista, ainda não localizado.
Diante da situação, a PM Rodoviária procedeu a apreensão da carreta e registrou o caso na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília.
Agora, pelo menos quatro pessoas estão sob averiguação da polícia, incluindo os dois motoristas (o detido em Marília e o outro, que faria o transporte ao Porto), além do homem que aceitou a subcontratação e, segundo a denúncia, sumiu com o carregamento.